20 especialistas internacionais estão no Rio para curso que começa hoje
A violência no tráfego e a grande quantidade de veículos e motocicletas nos grandes centros urbanos são responsáveis pelo alto índice de acidentes e lesões traumáticas no membro superior e na mão. Isto levou a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, comitê da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, a realização de um curso que precederá o 33º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão e o 14º Congresso Sulamericano, no Rio de Janeiro, a partir de hoje, dia 24, até sábado, dia 27, no Hotel Royal Tulip, em São Conrado.
Ambos os eventos são presididos pelos Drs. Anderson Monteiro e Luis Carlos Sobania. O curso é patrocinado pela Associação Americana de Cirurgia da Mão (AAHS) e conta com a participação de aproximadamente 20 palestrantes internacionais que vieram contribuir com sua experiência para o aprimoramento e melhoria da formação dos nossos especialistas e dos médicos em fase de formação que buscam a cirurgia da mão como especialidade.
“O evento é muito importante, pois vem de encontro a uma política pública de atuação do Ministério da Saúde que centra suas áreas de atuação em tres pontos: o atendimento ao infarto agudo do miocárdio, o atendimento ao acidente vascular cerebral e o atendimento ao politraumatizado”, explica Anderson Monteiro. São esses os principais responsáveis pelo alto índice de mortalidade e de sequelas em nosso país. Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, atualmente o país conta com aproximadamente 550 especialistas, centralizados predominantemente na região sudeste.
Segundo estudos da OMS haveria uma necessidade de que esse número fosse de aproximadamente 3.500 médicos especialistas em cirurgia da mão para todo o Brasil. “A demanda reprimida se deve ao fato de que o tempo de formação de um cirurgião de mão é bastante longo (aproximadamente 5 anos), razão principal que leva a entidade a organizar cursos e congressos anuais visando uma troca de experiência com outras sociedades de outras nações”, conta Anderson Monteiro.
Além do tratamento do trauma da mão, também serão discutidos outros temas bastante importantes como as lesões degenerativas, próprias do envelhecimento, como as artroses e artrites, assim como as deformidades congênitas. “Será um evento impar dentro da especialidade principalmente pelo objetivo da melhoria do atendimento do traumatizado da mão no nosso país”, conclui.