De olho em indicadores que mostram que mais da metade das cirurgias plásticas realizadas no País são estéticas, a operadora de planos de saúde de alto padrão Omint lança no mercado um plano que inclui esse tipo de procedimento cirúrgico. A operadora, que possui atualmente 74 mil associados, espera que em dois anos, 2.000 associados tenham aderido ao produto – metade deles, novos clientes, e metade, provenientes de migrações dentro da própria operadora.
“Dados como a estabilidade da economia e o número de cirurgias plásticas realizadas no Brasil evidenciam a oportunidade para o lançamento do produto”, afirma o diretor comercial Cícero Barreto.
O Brasil já é, segundo a empresa, o segundo maior mercado do mundo em intervenções dessa natureza, com cerca de 700 mil procedimentos realizados em 2006, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Batizado de Estilo, o plano de saúde também oferece coberturas odontológicas especiais, incluindo procedimentos estéticos como próteses, implantes e clareamento.
Esse plano é o de maior valor agregado da empresa e tem preços que variam de R$ 1,57 mil a R$ 9,43 mil (no segmento familiar) e de R$ 1,15 mil a R$ 6,93 mil (no segmento empresarial), afirma Barreto.
O associado pode escolher livremente médicos e clínicas. As coberturas para cirurgias plásticas e estéticas e procedimentos odontológicos especiais funcionam sob o sistema de reembolso. O valor máximo de cobertura é de R$ 25 mil e o prazo de carência, de 180 dias.
O objetivo não é, segundo Barreto, atrair apenas o interesse do procedimento cirúrgico estético. “As pessoas não vão buscar um plano como esse exclusivamente para realizar uma cirurgia plástica.” O produto tem toda a cobertura de um plano de saúde e oferece “mimos” como consultas domiciliares e assistência em viagens. “O que existe por trás são os diferenciais que compõem o produto e fazem com que alcancemos a fidelização”, afirma.
Por isso, o executivo não acredita que as facilidades de pagamento, com financiamentos em várias parcelas, oferecidos hoje por clínicas de estética ofereçam concorrência aos novo produto da operadora. Na opinião de Barreto, o procedimento cirúrgico plástico reparador normalmente não é incluído em planos de saúde por conta dos custos elevados e porque não está na relação de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Com o novo plano, a Omint aumenta seu portfólio para quatro planos, com níveis variados de reembolso e acesso à rede. Voltada para as classes A e B, a operadora faturou no primeiro semestre deste ano R$ 185,55 milhões