Todos os pacientes com câncer são tratados com as mesmas drogas quimioterápicas? Quando associar a quimioterapia com radioterapia? O que é quimioterapia convencional? O que são as terapias alvo? De que forma as pesquisas ajudam no desenvolvimento de possíveis novas drogas? Quais remédios que faço uso constante podem conflitar com a quimioterapia? Por que os pacientes sentem enjôo, náuseas e perdem o cabelo? Estas e outras questões serão abordadas na primeira edição de 2013 do Encontro com Especialistas, evento idealizado pelo Hospital A.C.Camargo que, todos os meses, compartilha com a população temas relacionados à oncologia. O evento será na quinta, 21, às 17h30. Com vagas limitadas, as inscrições podem ser feitas pelo [email protected]. Público pode também interagir também por meio dos perfis no Twitter e Facebook.
Reunindo os oncologistas clínicos titulares da instituição, o evento abrirá com aula do diretor do departamento, Marcello Ferretti Fanelli, que abordará a evolução do tratamento quimioterápico desde o desenvolvimento das primeiras drogas eficazes contra tipos específicos de câncer logo após a 2ª Guerra Mundial, passando pela descoberta das quimioterapias convencionais adotadas até hoje como flouorouracil, cisplatina e os chamados taxanos.
De acordo com Fanelli, conforme foram testados os mecanismo de ação de cada medicamento, foi possível identificar quais tumores eram mais ou menos inibidos por determinada droga. “Observou-se também como era a resposta dos pacientes ao tratamento, que poderiam apresentar efeitos colaterais mais ou menos severos. Alguns efeitos colaterais poderiam chegar a ser proibitivos para a continuidade do tratamento”, destaca o especialista.
Viu-se que o tratamento oncológico não é único e tampouco aleatório. As células cancerosas apresentam vulnerabilidades exclusivas e específicas, que as tornam bastante sensíveis a certas substâncias químicas que, por sua vez, podem não afetar as células normais. O segredo estava justamente em revelar a biologia de cada célula cancerosa e, com isso, selecionar as armas certas para atingir o alvo com precisão.
A primeira grande descoberta neste sentido surgiu na segunda metade da década de 1970, atendendo pelo nome de receptor de estrogênio e, consequentemente, o surgimento da droga tamoxífeno. “Pode-se dizer que neste momento já começou a Era da Oncologia Personalizada. Os pesquisadores identificaram por himunoistoquímica que algumas pacientes respondiam ao bloqueio hormonal gerado pelo tamoxifeno, outras não, abrindo caminho para a personalização da terapia do câncer de mama”, exemplifica Fanelli.
Duas décadas depois surgiu o anticorpo monoclonal Herceptin (trastuzumab), que logo se mostrou uma droga eficaz para pacientes com fator de superexpressão do fator de crescimento epidérmico humano (Her-2). Esta determinação é feito por meio do teste preditivo de resposta FISH, cujo papel é o de determinar a existência ou não do Her-2 amplificado. “Resumindo, pacientes com amplificação deste gene são indicados ao tratamento com Herceptin”, acrescenta Fanelli.
Estes avanços propiciaram o surgimento de outras terapias-alvo, drogas que agem de forma dirigida sobre as células de determinado tumor e preservando as células saudáveis, minimizando assim os efeitos colaterais e aumentando as chances de cura do paciente. Esta é uma realidade para perfis de tumores de mama (Herceptin), intestino (Bevacizumab ou Cetuximab), rim (Sunitinib), pulmão (Erlotinib e Gefitinib), melanoma (Ipilimumab) e alguns linfomas. “Mas há muito campo a avançar neste sentido”, observa.
Segundo Marcello Fanelli, algumas destas drogas se mostram mais eficazes quando associadas a quimioterapia convencional ou aos anticorpos monoclonais. “Buscamos com estas associações identificar a melhor forma de oferecer maior controle da doença e melhor qualidade de vida com controle dos efeitos colaterais. Excetuando a queda de cabelo, que é algo que não houve muito avanço, os quadros de náuseas, vômitos, constipação, dentre outros, são cada dia melhor controlados”.
Encontro com Especialistas – Criado em 2011, recebeu 2 mil pessoas ao longo de suas edições já realizadas, sendo opção de interação de pacientes, familiares, cuidadores e público em geral com suas dúvidas relacionadas a tipos de câncer de alta incidência na população brasileira como mama, próstata, pulmão, laringe, boca, colo do útero, estômago, fígado, melanoma, garganta, tireóide, dentre outros. Os questionamentos foram respondidos ao vivo em auditório e via redes sociais por mastologistas, urologistas, psicólogos, psiquiatras, cirurgiões, pneumologistas, fonoaudiólogos, ginecologistas, endocrinologistas, dentre outros. Vídeos com íntegra das edições anteriores podem ser conferidos em http://www.accamargo.org.br/encontro-com-especialistas.
SERVIÇO
Encontro com Especialistas do Hospital A.C.Camargo
Tema: Quimioterapia
Data: quinta-feira, 21 de fevereiro de 2012.
Local: Hospital A.C.Camargo: Auditório Sen. José Ermírio de Moraes.
Endereço: Rua Professor Antônio Prudente, 211, Liberdade, São Paulo
Horário: 17h30.
Inscrições gratuitas: [email protected]
Participação por redes sociais: http://www.facebook.com/HospitalACCamargo /http://www.twitter.com/haccamargo – Envie sua pergunta até o dia do evento.
Sobre o Hospital A.C.Camargo – Instituição privada sem fins lucrativos criada em 1953 por Antônio e Carmen Prudente, o Hospital A.C.Camargo é um dos maiores centros mundiais de tratamento, ensino e pesquisa em câncer. De forma integrada e multidisciplinar, atua na prevenção, diagnóstico e tratamento ambulatorial e cirúrgico dos mais de 800 tipos de câncer identificados pela Medicina, divididos em mais de 40 especialidades. A cada ano atende cerca de 15 mil novos pacientes de diversas partes do país e exterior, totalizando mais de um milhão de procedimentos (consultas, exames laboratoriais e por imagem, internações, cirurgias, quimioterapia e radioterapia, entre outros). Seu corpo clínico é composto por uma equipe fechada de mais de 500 especialistas, a maior parte com mestrado e doutorado. A dedicação e interação destes profissionais em atividades interdisciplinares resulta em um tratamento com melhores índices de sucesso, só comparáveis aos observados nos maiores centros oncológicos do mundo.
Em 2012, o Hospital A.C.Camargo conquistou a Certificação Internacional pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA). No mesmo ano também conquistou alguns reconhecimentos importantes: foi apontado pela edição 500 Melhores Empresas da revista Istoé Dinheiro como uma das melhores em Saúde pelo quarto ano consecutivo. Pelo Anuário 360º Época Negócios foi a melhor empresa do Brasil no setor de Saúde. Pelo Anuário Valor 1000 figurou como a 1ª. no ranking de serviços médicos e foi eleito pela quarta vez uma das melhores empresas para Você trabalhar do Guia Você S/A Exame.
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