Pesquisador da fibrose cística há mais de dez anos, William Guggino, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, vem tentando responder como corrigir a alteração encontrada no cromossomo 7 quando a doença for detectada. Apesar de acreditar na terapia dos genes, e ter conseguido muitos avanços nos últimos anos, o pesquisador norte-americano sabe que existem ainda muitos desafios. Segundo ele, é necessário o desenvolvimento de vetores mais eficientes, que possam levar o gene sem defeito para o interior das células. Dados apresentados pelo pesquisador em uma conferência realizada durante a Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), encerrada no último dia 27, atestaram que o quesito segurança do procedimento já foi obtido e que o obstáculo da toxicidade da terapia gênica parece ter sido ultrapassado.
Trata-se de um método que utiliza um adenovírus para introduzir uma cópia do gene normal, sem a mutação que causa a fibrose cística, testado inclusive em 200 pessoas. Para o pesquisador se esta segurança continuar sendo tomada e os vetores se tornarem mais eficientes, a cura para a fibrose cística, colesterol e alergias pode estar próxima.
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