Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão passando por uma infecção e apresentam febre, aceleração do coração (taquicardia), fraqueza intensa, e pelo menos um dos sinais de alerta, como: pressão arterial baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva ou ficam confusos – principalmente os idosos – devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico.

O médico intensivista, Dr. Luciano Azevedo, presidente do Comitê de Choque e Monitorização Hemodinâmica da AMIB e membro do Instituto Latino-Americano de Sepse, esclarece que qualquer pessoa pode desenvolver a sepse. No entanto os grupos que correm maior risco são crianças prematuras e abaixo de um ano e idosos acima de 65 anos; portadores de câncer, por serem pacientes que fazem uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo contra infecção; pacientes com doenças cr�?nicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal e AIDS; e usuários de álcool e drogas.

Números da Sepse no Brasil – Dados de estudos epidemiológicos brasileiros, coordenados pelo ILAS (Instituto Latino-Americano de Sepse) apontam que cerca de 17% dos leitos de UTIs em nosso país são ocupados por pacientes com sepse grave; e a taxa de mortalidade chega a alcançar 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs brasileiras, havendo importante heterogeneidade entre as instituições de saúde, que pode variar entre 30% e 70%.

Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino. “Muitas são as razões desse crescimento como o envelhecimento populacional, o aumento das intervenções de alto risco e o desenvolvimento de agentes infecciosos mais virulentos e resistentes a antibióticos”.

O profissional acrescenta ainda que em países em desenvolvimento, como o Brasil, a desnutrição, pobreza, falta de acesso a vacinas e o tratamento de forma e em tempo inadequados contribuem para o aumento da mortalidade.

Fontes para entrevistas:

Dra. Flávia Machado – vice-presidente do ILAS

Dr. Luciano Azevedo – membro do ILAS e da AMIB

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