Na estação seca é fácil perceber o aumento de alergias e sintomas alérgicos na população, o que resulta no crescimento de até 40% na incidência de doenças respiratórias. De acordo com Alberto Chebabo, infectologista do Laboratório Bronstein Medicina Diagnóstica, diversos fatores podem explicar o quadro. “A diminuição da umidade do ar e o próprio frio podem funcionar como um irritante para as vias aéreas, além, ainda, da inversão térmica, que é responsável pelo acúmulo de poluentes na atmosfera.”

Além de fatores climáticos, que, por vezes, são determinantes para o surgimento de doenças, existem ainda agentes desencadeantes chamados alérgenos.

Quando indivíduos sensíveis entram em contato com esses agentes – ácaros, fungos, fumo e poluentes –, a resposta alérgica é imediata. “É preciso atenção para que não só o clima contribua para o surgimento das alergias, mas também os alérgenos, que podem ser encontrados ainda em animais, fungos e poeira domiciliar”, explica Chebabo.

Entre as alergias mais comuns estão a asma, rinite, bronquite e sinusite. A asma se caracteriza pela inflamação e obstrução reversível das vias aéreas e as principais manifestações clínicas são tosse, falta de ar, dor, chiado ou aperto no peito. Já a rinossinusite alérgica, mais conhecida como rinite, é uma inflamação do nariz e das estruturas adjacentes ocasionada pela exposição aos alérgenos, caracterizada por espirros em salva, coriza, prurido nasal e congestão nasal. Tanto a asma quanto a rinite são doenças com determinação genética influenciada por fatores ambientais.

No Brasil, a asma frequentemente é confundida com a bronquite, que consiste, em termos gerais, na inflamação dos brônquios, podendo ser ocasionada por infecções, agentes irritantes e alergia. Da mesma forma, a sinusite é a inflamação dos seios da face que apresenta diversos agentes infecciosos desencadeantes.

O que fazer para evitar alergias:

Forre colchão e travesseiro com capa impermeável;

Retire tapetes e carpetes da casa, principalmente do quarto do paciente;

Limpe a mobília da casa com pano úmido com frequência superior a uma vez por semana;

Retire as cortinas, substituindo-as por persianas, que são facilmente limpas com pano úmido ou, em caso de cortinas de tecido leve, lave-as a cada 15 dias, no máximo;

Mantenha sempre a casa arejada e ensolarada;

Evite estofados cobertos com tecido;

Os aspiradores de pó utilizados devem possuir filtro Hepa;

Evite ter animais com pelo, como cão e gato, ou evite a presença deles dentro de casa ou no quarto do paciente;

Não fume dentro de casa;

Cobertores devem ser substituídos por edredons que possam ser lavados quinzenalmente;

Evite, no quarto do paciente, objetos que acumulem poeira, como livros, revistas, brinquedos de pelúcia, caixas e quadros;

Evite cheiros fortes no domicílio, como de tinta, solvente, inseticida e produtos de limpeza.