Patologia rara tem terapia exclusiva no Hospital Santa Lúcia

Considerada uma doença rara, a Malformação Arteriovenosa (MAV) caracteriza-se pelo defeito no sistema circulatório e apresenta complicações sérias para o indivíduo como hemorragias cerebrais e crise convulsiva. Atualmente, o método cirúrgico é utilizado como principal meio de erradicação, porém a radiocirurgia vem ganhando espaço entre as terapias por ser um método não invasivo. A técnica é utilizada pelo Hospital Santa Lúcia, único no Distrito Federal a realizar o tratamento da doença com tal procedimento. A unidade conta com uma equipe multidisciplinar para a realização do tratamento.

Para a maioria dos casos de MAV, o paciente é assintomático, ou seja, não apresenta um sintoma que identifique a doença. Em geral, a patologia só é descoberta durante outro diagnóstico de qualquer enfermidade que o paciente venha apresentando. Dependendo da localização cerebral, a doença pode causar perda de coordenação, déficit motor, tonturas, distúrbios visuais, problemas com linguagem ou compreensão, déficits de memória, confusão mental, alucinações ou demência, entre outros.

Radiocirurgia – A Radioterapia do Santa Lúcia já realiza radiocirugia para outras doenças do sistema nervoso central, mas somente no final de julho a técnica para erradicação do MAV é feita no Hospital. “Antes, os pacientes realizavam toda a investigação para o seu caso em Brasília e se direcionavam para outros centros como Rio de Janeiro e São Paulo”, informa o neurocirurgião Dr. Renato Campos. Agora no Hospital Santa Lúcia é possível realizar todas as etapas do tratamento desde o diagnóstico, mapeamento e erradicação da doença em um único centro na Capital Federal.

Para a investigação da região cerebral é necessário um grau de precisão apurado para atingir o alvo a ser irradiado. Com isso, a medicina diagnóstica ganha papel fundamental para direcionamento da radiocirurgia, na localização da lesão que muitas vezes, tem tamanho milimétrico. O paciente passa por exames de ressonância magnética, tomografia computadorizada multislice e, em alguns casos, estudo hemodinâmico para mapear a região cerebral. No Santa Lúcia, o uso de tecnologia de ponta está diretamente associado à terapia, composto por acelerador linear,sistema de planejamento computacional e micromultileaf específico para radiocirurgia que é fabricado pela empresa alemã BrainLab.

Entre as vantagens deste procedimento está a técnica não invasiva. Sem cortes, a recuperação do paciente é mais rápida, recebendo alta no mesmo dia. Todo o processo é feito de forma eletiva, sem a necessidade de internação. A erradicação é satisfatória: “A tendência é o desaparecimento da região afetada, podendo estão correr em até 03 anos após a realização do procedimento”, comenta Dr. Luiz Gustavo Guimarães, radio terapeuta do Santa Lúcia. O acompanhamento do paciente após a realização do tratamento é feita pelo neurocirurgião ou pelo radioterapeuta em consultas ambulatoriais.

A Radioterapia do Santa Lúcia já realiza radiocirugia para outras doenças do sistema nervoso central, mas somente no final de julho a técnica para erradicação do MAV é feita no Hospital. “Antes, os pacientes realizavam toda a investigação para o seu caso em Brasília e se direcionavam para outros centros como Rio de Janeiro e São Paulo”, informa o neurocirurgião Dr. Renato Campos. Agora no Hospital Santa Lúcia é possível realizar todas as etapas do tratamento desde o diagnóstico, mapeamento e erradicação da doença em um único centro na Capital Federal.