A radiologia convencional, que usa recursos de imagem para detecção de alterações, deixou de ser a única forma de aplicação dessas tecnologias. A passos largos, avança a chamada Radiologia Intervencionista (RI). “Na prática, utilizamos métodos de imaginologia – ou seja: raios-x, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética – para a execução de procedimentos”, explica Dr. Paulo Sérgio Mendlovitz, da Clínica Radiologia Anchieta, que integra o complexo médico-hospitalar Anchieta.
A abrangência dessa subespecialidade radiológica é ampla. “De maneira geral, realizamos biópsias de órgãos e tecidos profundos, aplicação de medicamentos em locais selecionados dentro do corpo, drenagem e tratamento de tumores”, descreve o especialista.
A opção do uso de radiologia intervencionista é feita pelo médico assistente do paciente: “Um neurocirurgião ou um ortopedista, por exemplo, ao tratar de um paciente com hérnia de disco e dor lombar pode optar por uma infiltração com medicamentos na região da coluna responsável pela dor – o procedimento é guiado por radioscopia ou tomografia computadorizada. Já um oncologista pode solicitar uma biópsia de lesão suspeita no pulmão com uso de tomografia computadorizada”.
Como os procedimentos em radiologia intervencionista são realizados com métodos de imagem auxiliares, a incisão é reduzida, diminuindo também a necessidade de sedação ou anestesia geral e, consequentemente, o tempo de internação. “Ao reduzir a invasão ao organismo, reduzimos complicações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos convencionais, como sangramentos, infecções e desconforto pós-operatório”, enumera Dr. Mendlovitz.
Ainda segundo o especialista, a radiologia intervencionista avança para o uso de métodos de imagem cada vez mais precisos, como a ressonância magnética, em lesões que não são bem percebidas por outros métodos. “Além disso, deveremos associar outras tecnologias, como o uso de laser, radiofrequência e crioterapia”, conclui.