Reconhecer, discutir e difundir a cultura de segurança dentro do ambiente hospitalar. Esses foram os objetivos do 1º Fórum de Segurança do Paciente do Hospital Santa Isabel (HSI) que, além de reforçar as 10 metas estabelecidas pela Aliança Mundial para Segurança do Paciente, deram início a um processo de comunicação direta sobre o assunto com os profissionais de todas as áreas do hospital. A abrangência do tema passa desde o atendente e a ascensorista até a enfermeira e o médico. Dados da entidade internacional mostram que um a cada 10 pacientes no mundo é vítima de um acidente evitável.

Segundo o diretor do Hospital Santa Isabel, Laércio Martins, a meta Zero do Hospital Santa Isabel, que não está listada entre as 10 estabelecidas pela Aliança, é falar sobre segurança, sobre erros e problemas vivenciados para que todos estejam treinados a fim de minimizá-los. “Os melhores hospitais do mundo não deixam passar a oportunidade de aprender com os erros”.

Grande parte do debate foi sobre a importância das atitudes sérias e seguras, que são bastante simples, mas que colaboram para a segurança do paciente. “Fatalidades quase nunca existem. Eventos adversos, graves ou não, dependem de atitudes daquele momento ou do passado. Dependem também de medidas preventivas que podem mudar o futuro”, explicou Laércio Martins.

Segundo diretor médico do HSI, Frederico Carbone Filho, a coordenação de risco hospitalar já existe desde quando foi traçado o perfil do hospital e culminará com esses encontros. “Temos que disseminar a cultura de segurança e difundir a consciência e as atitudes. Não será um julgamento, mas temos que encarar com transparência a oportunidade de aprendermos, para dividir as dúvidas com todos”, conclui Carbone Filho.

A gerente de enfermagem do HSI, Michele Tavares de Oliveira, afirmou que mais do que um evento, o encontro é uma necessidade de discutir os procedimentos de segurança ligados ao paciente. “É importante mudar a consciência. Temos que comprar essa ideia e vende-la aos nossos pares de trabalho. O que será criado serão medidas e barreiras de contenção de erros que garantam a segurança do paciente”.

Para Maria Alice Poppe Pereira, coordenadora de risco hospitalar do HSI, já existe um canal de comunicação para informar as medidas corretivas – uma ficha disponível no computador de todos os andares do hospital. “Vamos trabalhar paralelamente a conscientização das equipes e o aprimoramento das ferramentas de notificação, que podem e devem ser sugeridas por todos os envolvidos”. Ainda segundo ela, os dados precisam de uma análise e da aplicação de correções em cima dos resultados. “Temos que ter acompanhamento e prazos para adoção de medidas” finalizou Maria Alice.