Nos dias 24 e 25 de abril, o Rio de Janeiro receberá cerca de 120 cardiologistas vindos de países latino-americanos, da América do Norte e da Europa, para o Simpósio Cardiovascular Latino-Americano. O evento é realizado pela alemã Merck, a mais antiga indústria química e farmacêutica do mundo, com apoio dos departamentos de Cardiologia Clínica e Insuficiência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O objetivo é disseminar o conhecimento e promover o debate sobre prevenção e tratamento da hipertensão arterial e outros distúrbios cardíacos. A hipertensão arterial é uma doença crônica (não tem cura, pode apenas ser controlada), caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias.

Predisposição genética, obesidade, ingestão excessiva de sal e estresse são algumas das principais causas. A hipertensão é um dos maiores fatores de risco para acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, aneurismas arteriais, doença arterial periférica, sendo uma das principais causas de doença renal crônica. A hipertensão arterial (H.A) é um dos distúrbios de maior prevalência no mundo: atinge aproximadamente 30% da população adulta, de acordo com a Organização Mundial de Sáude. No Brasil, estima-se que haja 30 milhões de hipertensos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Dr. Marcelo Montera é cardiologista, Coordenador do Centro de Insuficiência Cardíaca do Hospital Pró-Cardíaco (RJ) e um dos palestrantes do Simpósio. Segundo o médico, apenas 50% dos portadores do distúrbio conhecem sua condição e, entre os pacientes já diagnosticados, só a metade recebe tratamento. “Mesmo entre os pacientes em tratamento, somente 50% conseguem efetivamente manter a pressão arterial sob controle. Ter uma alimentação adequada e aderir corretamente ao tratamento são os principais desafios”, afirma. A ausência de sintomas é apontada como um dos fatores que levam ao abandono do tratamento, assim como o controle momentâneo da hipertensão, muitas vezes confundido com cura definitiva.

Hipertensão em pacientes jovens

A prevenção deve nortear os debates entre os médicos participantes do Simpósio. Neste sentido, o crescente número de casos de hipertensão entre pacientes jovens é um dos temas de destaque. “É importante frisarmos essa questão, pois o jovem que desenvolve H.A de maneira precoce, amanhã será o adulto hipertenso, sujeito a todas as consequências graves que a doença pode acarretar, caso não tratada adequadamente”, diz Montera. As causas que levam ao desenvolvimento da H.A entre os jovens estão relacionadas a fatores genéticos. No entanto, segundo o médico, a influência do meio sobre o indivíduo pode acentuar a prevalência do distúrbio:

“A hipertensão em jovens está ligada principalmente à hiperatividade do sistema nervoso simpático, aquele responsável pela liberação de adrenalina no organismo e fundamental para funções vitais, como o controle da pressão arterial, o batimento cardíaco e o alerta a situações de perigo. A predisposição genética é importante, no entanto, a manifestação ou não da doença sofre influência do meio. Um ambiente com maior índice de obesidade, com mais alimentos fast food e ricos em sal, maior nível de estresse, maior consumo de estimulantes, etc., haverá maior prevalência de hipertensão arterial e o desenvolvimento mais precoce e intenso da doença. Por outro lado, esse ambiente também favorece aos indivíduos que não têm predisposição genética a, no futuro, vir a desenvolver o problema”, explica.

O diagnóstico precoce é fundamental, assim como a determinação correta na linha de tratamento adotada para cada paciente. Quanto mais cedo for descoberta a doença, menores as chances de haver complicações graves. O médico explica que os jovens hipertensos costumam descobrir o problema na faixa dos 25 a 30 anos, período em que normalmente realizam os primeiros exames de admissão no emprego. “É preciso que os pais, a classe médica e a sociedade em geral esteja atenta a essa questão. Devemos estar alertas ao sobrepeso dos jovens, à alimentação inadequada e ao sedentarismo. É preciso aferir a pressão arterial de indivíduos jovens, principalmente nos casos em que há histórico familiar de H.A”, completa Dr. Montera.

Agenda

Evento: Simpósio Cardiovascular Latino-Americano

Data: 24 e 25 de abril

Horário: 09h15 às 17h15 (dia 24); 09h15 às 12h55

Local: Windsor Atlantica Hotel

Endereço: Avenida Atlântica, 1020 – Copacabana.

A Merck

A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. Em 2012, o lucro total cresceu 8,7% para €11,2 bilhões, e o faturamento aumentou 8,4% para €10,741 bilhões, refletindo crescimento orgânico de 4,5% em relação a 2011.

A Merck atua no Brasil desde 1923 – há 90 anos – e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono – de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo (Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania.