Próximo ao Dia Mundial de Combate ao Fumo (31/05), uma preocupante notícia: o tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável no mundo. A organização estima que um terço da população mundial adulta, isto é, cerca de 1 bilhão e 200 milhões de pessoas sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina mundial e 12% da feminina fumam.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada ano ocorrem 200 mil mortes por doenças relacionadas ao tabagismo, no Brasil. No mundo, segundo a OMS, anualmente, cinco milhões de pessoas morrem por causa do cigarro. E, em 20 anos, esse número chegará a 10 milhões, se o consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos continuar aumentando.

Segundo especialistas, na fumaça do cigarro estão presentes mais de 4.000 substâncias químicas nocivas, as mais conhecidas são a nicotina, o alcatrão e o monóxido de carbono. O tabagismo está relacionado a mais de 50 doenças sendo responsável por 30% das mortes por câncer de boca, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença do coração, 85% das mortes por bronquite e enfisema, 25% das mortes por derrame cerebral.

Segundo o pneumologista do Hospital e Maternidade MadreCor, Dr. Ricardo Diniz, “os fumantes têm 10 vezes mais chances de ter câncer do pulmão, cinco vezes mais chance de sofrer de infarto, bronquite crônica e enfisema pulmonar, e duas vezes mais de sofrer derrame cerebral”.

Pesquisas já comprovaram que a pessoa que convive com fumantes também é prejudicada pela fumaça, aumentando a chance do aparecimento de inúmeras doenças pulmonares como bronquite crônica, enfisema pulmonar e câncer de pulmão.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde, ampliou, em abril deste ano, o tratamento contra o fumo oferecido pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo no Sistema Único de Saúde (SUS). A intenção é incentivar o abandono do cigarro.

Para auxiliar as pessoas que se esforçam para deixar o vício, a equipe formada por cardiologistas e pneumologista do MadreCor deixa, abaixo, algumas dicas.

Dicas para deixar de fumar

Planeje

Determine um dia em que você vai parar e crie um plano de ação para chegar lá. Depois que você parar, não fume – NEM UMA TRAGADA!

Procure ajuda

Pesquisas mostram que você tem uma maior chance de conseguir parar de fumar se tiver ajuda. Sua família e amigos podem oferecer apoio para ajudá-la a lidar com acontecimentos que aumentem sua ansiedade e sua vontade de fumar.

Mude sua rotina

Inclua ginástica na rotina diária e procure controlar o stress de maneiras saudáveis.

Consiga medicamentos e use corretamente

O Ministério da Saúde aprovou diversos medicamentos, como reposição de nicotina, que ajudam a parar de fumar. Consulte seu médico sobre o assunto.

Esteja preparado

A maior parte das recaídas ocorre nos três primeiros meses depois de parar e a maior parte das pessoas tenta diversas vezes antes de finalmente conseguir largar o cigarro. Tente evitar situações “tentadoras”, como beber ou sair com fumantes.