Cerca de 25 mil pessoas no Brasil aguardam por um transplante de córnea. Por trás do quadro que ocasionou o comprometimento severo da visão estão doenças como ceratocone, leucoma e glaucoma congênito. Dr. Manoel Paulo Sena, do Hospital Oftalmológico Pacini, não esconde: o transplante de córnea é o procedimento que acarreta grande realização ao médico.
“A cirurgia consiste em substituir o tecido doente e opaco por uma nova córnea com transparência preservada, possibilitando a recuperação da visão”, descreve o especialista. Com duração médica de uma hora, é feita com anestesia local e o paciente recebe alta no mesmo dia. “Indica-se repouso relativo durante 30 dias. A recuperação visual é lenta e o paciente necessita ser acompanhado por vários meses”, completa.
High Tech – Novas tecnologias para a cirurgia ser menos invasiva e mais precisa têm desembarcado no Brasil nos últimos anos. Entre as técnicas mais realizadas no mundo estão o Transplante Lamelar Anterior Profundo (DALK) e o Transplante Endotelial (DSEK e DMEK). Ambas oferecem inúmeras vantagens para o paciente, em especial a redução das chances de rejeição do órgão.
Segundo Dr. Manoel, o desenvolvimento dos lasers de femtosegundo tem mudando o panorama dos transplantes de córnea. “A função desse equipamento é proporcionar uma cirurgia mais precisa, obtendo assim resultados mais confiáveis e animadores”, esclarece.