Pesquisas do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a expectativa de vida do brasileiro cresceu na última década. De acordo com o órgão, a média no Brasil é de 72.7 anos (aumento de três anos na última década). Esse acréscimo significa um número maior de pessoas idosas vivendo no país. Com o passar da idade, é recorrente o aparecimento de alguns problemas de saúde e a estenose aórtica é cada vez mais comum, ao lado de males já conhecidos como infarto, insuficiência cardíaca e arritmia.
A estenose aórtica – uma obstrução que impede a válvula aórtica de abrir completamente – provoca a dificuldade de saída do sangue do coração, sobrecarregando o órgão. É uma doença fatal em 25% dos casos, se não houver tratamento. Antes realizada apenas com a abertura do peito e a paralisação das funções cardíacas, a cirurgia via cateterismo, realizada pelo TotalCor, é minimamente invasiva. O cateter, inserido pela perna, próximo ao quadril, auxilia no implante da válvula, que infla e permite que a circulação sanguínea volte ao funcionamento normal.
“Pacientes idosos, na faixa dos 85 anos de idade, dificilmente suportavam o procedimento, que era bastante invasivo e acarretava outras complicações. Com a realização do procedimento via cateterismo, pessoas com idade mais avançada conseguem se recuperar rapidamente e levam uma vida normal pós-cirurgia”, explica o chefe do Serviço de Hemodinâmica do TotalCor, Dr. Expedito Ribeiro.
Falta de ar, cansaço ao andar e dor no peito são alguns dos sintomas da estenose aórtica. “A pessoa idosa, ao apresentar esses indícios de forma recorrente, deve procurar um médico imediatamente. Caso seja diagnosticada a obstrução nas válvulas, é recomendada a realização do procedimento sem receios. A eficácia da cirurgia é muito alta, em torno de 90%”, alerta o Dr. Expedito.
A técnica inovadora será debatida no IV Simpósio Internacional de Cardiologia, organizado pelo Hospital TotalCor, que acontece no próximo dia 16 de agosto no Hotel Renaissance, em São Paulo. Na data, o palestrante internacional Murat Tuzcu, professor de medicina e vice-diretor do Departamento de Medicina Cardiovascular da Cleveland Clinic, dará mais detalhes e informações a respeito do assunto. Tuzcu foi um dos pioneiros e um dos idealizadores deste procedimento.