Tratamento do câncer requer apoio de equipe multiprofissional
Atendimento multiprofissional no tratamento do câncer é fundamental e pode fazer a diferença para o paciente
O paciente oncológico possui necessidades e possibilidades terapêuticas diferentes. Por isso, o tratamento oncológico é sempre muito individualizado, podendo ser necessária a combinação de alguns tratamentos. Na oncologia é de suma importância o acompanhamento de uma equipe multiprofissional, envolvendo médicos (oncologistas, cirurgiões, radioterapeutas, etc.), enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, dentistas, entre outros, devido à enorme complexidade da doença e suas diferentes abordagens terapêuticas.
“As alterações que o câncer e os seus tratamentos provocam no paciente podem ser tanto de ordem física como cognitiva. Por isso, entendemos que o tratamento dos pacientes com esta doença deve ser personalizado e requer o auxílio de uma equipe multiprofissional. Todos os pacientes que iniciam tratamento clínico no Instituto Paulista de Cancerologia são orientados a passar por uma consulta prévia com as equipes de psicologia, odontologia e nutrição. O trabalho é importante para complementar o tratamento médico e atender o paciente em outras necessidades”, afirma Dr. Hezio J. Fernandes Jr., oncologista clínico e diretor do Instituto Paulista de Cancerologia.
Uma das áreas indispensáveis no tratamento do câncer é a nutrição. O nutricionista é o responsável pela dieta do paciente. De acordo com Lia Buschinelli, nutricionista do Instituto Paulista de Cancerologia, “pacientes em quimioterapia podem sofrer alguns efeitos colaterais como náusea, mudanças no paladar e perda de apetite. O ideal é trabalhar preventivamente, pois o estado nutricional adequado do paciente é essencial para o sucesso do tratamento.”
Ana Paula Venturini Ribeiro, dentista especializada em estomatologia explica que os pacientes admitidos em quimioterapia devem passar por uma consulta odontológica prévia. “Nesta consulta, avaliamos a saúde bucal e orientamos sobre as possíveis reações adversas da quimioterapia. Medidas simples, como as de higiene, podem fazer a diferença entre o paciente apresentar ou não complicações.”
Já a psicologia oferece apoio emocional ao paciente e seus familiares no enfrentamento da doença, promovendo um envolvimento integral do paciente com seu tratamento. “Todo e qualquer diagnóstico do câncer é sempre acompanhado de uma carga emocional muito grande e o trabalho da psicologia é fundamental neste processo, tanto para o paciente quanto para a família”, complementa Vera Bifulco, psico-oncologista do Instituto Paulista de Cancerologia.
No Brasil, as estimativas para o ano de 2013 apontam a ocorrência de aproximadamente 518.510 casos novos de câncer. São esperados um total de 257.870 casos novos para o sexo masculino e 260.640 para o sexo feminino. Assim, cada vez mais o papel de equipes multiprofissionais no tratamento do câncer se torna importante, como por exemplo, nos casos de câncer de cabeça e pescoço onde o acompanhamento odontológico e fonoaudiológico são essências para se obter resultados positivos, oferecendo uma menor qualidade de vida ao paciente.
