A evolução tecnológica trouxe diversas facilidades para o dia-a-dia, mas fez com que as pessoas, aos poucos, passassem a usar menos o corpo, deixando de lado funções básicas que fazem parte do movimento cotidiano. O treinamento funcional, neste sentido, auxilia a resgatar essas ações que se perderam ao longo do tempo.
Por meio destes exercícios é possível melhorar os movimentos que são executados diariamente, como por exemplo, agachar, levantar, puxar, empurrar, avançar e girar. “São ações integradas, que podem ser realizadas em diferentes posições e direções, que envolvem aceleração articular, estabilização, desaceleração e eficiência muscular”, explica a fisioterapeuta do Núcleo de Conhecimento Técnico da Mercur S/A, Tânia Fleig.
Essa atividade busca melhorar a capacidade funcional das pessoas, independente do nível de condição física em que se encontram e das atividades desenvolvidas. “Essa prática tem por objetivo trabalhar todas as capacidades, como coordenação, equilíbrio, agilidade, força, resistência e consciência corporal. Acontece de forma integrada, muitas vezes em apenas um exercício, pois o treinamento funcional considera o corpo humano de forma completa”, afirma a fisioterapeuta.
A profissional lembra que esta prática pode ser acessível a qualquer pessoa, pois contempla vários tipos de exercícios com diferentes finalidades e promove a melhoria do desempenho, tanto nas atividades do dia-a-dia, como nas atividades esportivas, permitindo maior estabilidade e equilíbrio do corpo em variadas posturas e movimentos. Aos esportistas, os exercícios funcionais proporcionam a melhora da aptidão física, o que resulta em movimentos mais eficientes e, consequentemente, a prevenção de lesões.
Acessórios e equipamentos são bastante utilizados durante a realização dos exercícios, como por exemplo, as bolas de cinesioterapia. O uso de faixas elásticas também é uma alternativa para variação de exercícios comumente realizados com equipamentos de musculação, assim como discos que trabalham o equilíbrio, também conhecidos como discos de propriocepção, pois além de versáteis, ocupam pouco espaço e são leves e fáceis de carregar. “Esse treinamento pode ser feito em academias, em casa, em ambientes ao ar livre, como parques e praias. Mas, é fundamental o acompanhamento de um profissional especializado, para ajudar na elaboração do circuito e na escolha dos acessórios que serão usados em cada exercício”, finaliza Tânia.