Na próxima quinta-feira (29), será comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável no mundo. Além disso, um terço da população adulta tem o hábito de fumar. Ou seja, cerca de 1,2 bilhões de pessoas são fumantes. De acordo com pesquisas da OMS, deste total, aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da feminina, no mundo, consomem tabaco.
¬¬¬¬¬¬¬¬ “O tabagismo influencia na alteração dos níveis de colesterol, abaixando as taxas do colesterol bom (HDL) e aumentando o ruim (LDL)”, afirma. Além de causar alterações nos níveis de gordura do corpo, o uso de tabaco afeta a pressão arterial. O cardiologista lembra que na primeira meia hora após fumar, o fumante apresenta aumento nos níveis da pressão arterial e da frequência cardíaca.
“Os efeitos do tabaco podem ser vistos tanto na formação quanto na ruptura das placas de ateroma, isto é, os depósitos de gorduras nas paredes das artérias. Na origem da placa, o tabaco contribui por acelerar o processo de formação de aterosclerose, basta lembrar que o hábito de fumar aumenta a concentração sanguínea do colesterol ruim ao passo que diminui a concentração do bom colesterol. Sobre a ruptura da placa ou o desencadear de eventos cardiovasculares agudos, hoje se sabe que fumar pode aumentar agudamente a pressão arterial em aproximadamente 5 a 10mmHg acima do seu valor basal, podendo predispor a acidentes vasculares cerebrais agudos, angina do peito, infarto do miocárdio e morte súbita”. Além de provocar doenças cardiovasculares, o fumo interfere no tratamento dos cardiopatas, pois diminui o efeito dos medicamentos.
O especialista ressalta que a melhor forma de minimizar os riscos e as consequências do uso do tabaco é realmente largar este mau hábito. “Parar de fumar não é fácil. Cerca de 80% dos fumantes desejam parar, mas apenas 3% conseguem realmente abandonar este vício. Além disso, é considerado ex-fumante a pessoa que fica um ano sem fumar”, comenta. O médico esclarece que quem abandona este vício antes dos 30 anos de idade consegue reestabelecer o organismo ao ponto de parecer que nunca fumou.
Como este é um grande desafio, Dr. João destaca a importância de um acompanhamento especializado, por uma equipe multidisciplinar composta por cardiologista, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, odontólogo e assistente social.