Buscando dar ainda mais rapidez no atendimento aos casos de baixa complexidade, a Unimed Vitória inaugura nesta sexta-feira, dia 10 de maio, a Unidade Ambulatorial do Hospital Unimed Vitória.
O novo recurso ficará localizado na Avenida Leitão da Silva, em frente ao Hospital, em Vitória. Clientes da Unimed Vitória classificados por meio do Protocolo de Classificação de Risco como “verde” ou “azul” – casos de baixa complexidade – serão encaminhados para a nova unidade, que funcionará todos os dias da semana, inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 22 horas.
Entre os serviços oferecidos na nova unidade, estão exames de raios-X, coleta de exames de sangue, atendimento ambulatorial, teste ergonométrico, exame de endoscopia e pequenos procedimentos cirúrgicos, tanto adultos quanto pediátricos. O usuário poderá contar na unidade com atendimento de clínico geral, pediatra, ortopedista.
Para Mário Tironi, diretor de Recursos Próprios da Unimed Vitória, a nova unidade trará benefícios à cooperativa, pois, além de trazer ainda mais estrutura ao atendimento de casos de baixa complexidade, também vai proporcionar mais agilidade no Hospital Unimed Vitória.
“O principal objetivo é direcionar as demandas azul e verde para a Unidade Ambulatorial. Com isso, o atendimento às demandas amarelas e vermelhas, que são de um grau maior de risco, terão atendimento agilizado no Hospital. Isso vai aumentar a eficácia do atendimento no Pronto-Socorro”, destaca Mário Tironi.
A proposta é que o próprio paciente, avaliando o motivo que o leva até o pronto-atendimento, já procure diretamente à nova unidade. Vale ressaltar que os casos avaliados como “verde” são casos de menor urgência e que podem aguardar atendimento. Já os considerados “azul” são casos simples e sem urgência.
Os casos muito graves, com risco de morte, são avaliados como vermelho e correspondem, de fato, às emergências. Já os casos identificados como amarelos são aqueles urgentes, que necessitam de atendimento prioritário.
“Em caso de dúvida, o paciente será submetido à avaliação da equipe encarregada da classificação de risco no Hospital Unimed. Se for considerado azul ou verde, ele será encaminhado à unidade. O mesmo pode acontecer no caso contrário: um usuário que chegar à unidade dedicada a procedimentos de baixo risco e precisar de atendimento de urgência e emergência vai ser imediatamente encaminhado ao Hospital da Unimed, já que uma unidade está ligada à outra”, explica o diretor Ary Célio Oliveira.
Embora os casos azul e verde sejam considerados de baixa complexidade, a demanda para esses serviços é alta. Por isso a Unidade terá uma grande importância à singular. Segundo a Elki Zanandrea, gerente de Enfermagem, os beneficiários agora contam com um diferencial importante. “A Unidade Ambulatorial é um projeto importante. Com ela, os pacientes do Hospital vão receber atendimento ainda melhor e mais rápido”, afirma.
Para que o beneficiário procure diretamente a nova Unidade Ambulatorial, a Unimed Vitória fará campanhas buscando informá-los do novo serviço.
Ampliação da rede
A criação de uma unidade de apoio ao Hospital Unimed só foi possível por conta dos crescentes investimentos da Unimed Vitória na ampliação de sua rede de atendimento. Um exemplo é a criação do Centro de Especialidades Unimed, que funciona no Edifício Contemporâneo, também na Avenida Leitão da Silva, e tem capacidade para 19 consultórios e nove mil atendimentos por mês.
Neste caso, o espaço é dedicado a consultas previamente agendadas em variadas especialidades médicas, como Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Acupuntura, Psicologia, Nutrição, Cirurgia Geral, Fonoaudiologia, Ginecologia, Proctologia e Neurocirurgia.
Com a transferência dos consultórios para o espaço de 400 metros quadrados, no final do ano passado, a Unimed Vitória pôde iniciar as obras para tornar a unidade ambulatorial do Hospital Unimed um espaço de apoio ao serviço já oferecido no hospital.
Entenda a diferença entre urgência e emergência
A Resolução 1451/95, do Conselho Federal de Medicina, explica que a urgência é considerada uma “ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”. Já a emergência é definida como uma “constatação médica de agravo à saúde que implique em risco iminente de vida, ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamento médico imediato”.
Classificação de risco garante prioridade
para os casos de urgência e emergência
A pessoa chega ao pronto-socorro do hospital e passa por uma equipe de acolhimento, que conta com especialistas treinados e tem uma função importante: avaliar o quadro de cada paciente e apontar sua prioridade de atendimento, que será definida por meio de pulseiras de diferentes cores.
O sistema, chamado de classificação de risco, leva em conta protocolos internacionais hoje utilizados no mundo todo. “A questão da superlotação e do uso do pronto-socorro não é um problema capixaba ou brasileiro. Trata-se de uma questão mundial que exigiu a criação de protocolos como os que hoje utilizamos aqui”, explica o médico Ary Célio Oliveira, diretor do Hospital Unimed.
Pelo sistema de classificação de risco, o que vale não é a “ordem de chegada”, mas sim o quadro do paciente que procura o atendimento de urgência e emergência. “O que está em jogo é a vida da população. Com a demanda que temos hoje nos pronto-socorros, atender por ordem de chegada seria descuidar de casos realmente graves e colocar vidas em risco. Por isso, a classificação”, explica o médico.
Na prática, ele afirma que, se o paciente que chega à unidade for classificado como “vermelho”, ele será imediatamente encaminhado para o atendimento. Por outro lado, se for avaliado como “azul” – um caso que não é considerado de urgência – ele terá que esperar os casos mais graves serem atendidos para, depois, receber atendimento.
Saiba mais
– Como funciona o pronto-socorro?
No pronto-atendimento, os pacientes são atendidos conforme o grau de gravidade de sua doença. Essa categorização é necessária para que algumas pessoas com doenças graves não tenham que ficar esperando por terem chegado minutos depois de alguém com problemas menos sérios.
– Quais são os casos emergenciais mais comuns?
Acidentes de carro;
Acidentes de origem elétrica;
Acidentes com projéteis de armas de fogo;
Acidentes com armas brancas;
Acidentes com animais peçonhentos (cobra, escorpião etc.);
Lesões esportivas;
Fraturas e cortes por acidentes ou quedas;
Queimaduras;
Afogamentos;
Hemorragia;
Dificuldade respiratória, ataque de asma, pneumonia;
Derrames, perda de função e/ou dormência nos braços ou pernas;
Perda de visão ou de audição;
Inconsciência;
Confusão, alteração do nível de consciência, desmaio;
Intoxicações por medicamentos ou drogas;
Dor abdominal grave e vômito persistente;
Intoxicação alimentar;
Sangue no vômito, na tosse, na urina ou nas fezes;
Reações alérgicas graves à mordida de inseto, a alimento ou à medicação;
Complicações de doenças;
Febre alta
Diarréia e vômitos initerruptos
¬- Qual a diferença entre urgência e emergência?
Urgência – São consideradas urgências as necessidades que as pessoas valorizam subjetivamente como inadiáveis e que as induzem a buscar assistência com maior celeridade frente a outros problemas de saúde.
Emergência – Os atendimentos de emergência são os que implicam em risco imediato de morte, constatado por critérios clínicos.
– Na classificação de risco, quais são as cores e o que elas representam?
– Vermelho (Emergência) – Casos muito graves com risco de morte.
– Amarelo (Urgente) – Casos que necessitam de um atendimento prioritário.
– Verde (Pouco Urgente) – Casos de menor urgência e que podem aguardar atendimento.
– Azul (Casos simples) – Sem urgência
– Como é feita a avaliação do risco?
Profissionais treinados a partir de protocolos de classificação de risco reconhecidos internacionalmente fazem a triagem e definem a urgência, levando em conta as recomendações desses protocolos.