Você presta atenção em sua voz? Ela é resultado da vibração do ar que sai dos pulmões com ajuda do diafragma, passa pelas pregas vocais (ou cordas vocais) localizadas na laringe e se articula com boca, lábios e língua. Pois saiba que alterações na voz podem indicar distúrbios, desde pequenos edemas e inflamações, até úlceras e câncer.

O Brasil já ocupa o segundo lugar no mundo com maior número de casos de câncer de laringe, com mais de 6.000 novas detecções a cada ano. A doença é predominante em homens e responde por 25% dos tumores malignos que acometem a região de cabeça e pescoço. Recentemente, estudos revelaram que o Papilomavirus humano (HPV) pode estar relacionado a um risco quintuplicado de carcinoma de células escamosas de laringe.

Conforme explica o oncologista Gyl Henrique A. Ramos, especialista em cabeça e pescoço do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, a laringe se divide em três porções: laringe supraglótica, glote e subglote. Aproximadamente 2/3 dos tumores surgem nas cordas vocais, localizadas na glote, e 1/3 acomete a laringe supraglótica (acima das cordas vocais).

“É importante ficar atento aos sinais de alerta. As lesões na glote tendem a ser diagnosticadas mais precocemente, por causar rouquidão ou disfonia persistente”, ressalta o oncologista. Segundo ele, quanto mais precoce o diagnóstico, menor a agressão do tratamento, maior as chances de cura, melhor a qualidade da voz preservada e a qualidade de vida. “A cura é possível quando há diagnóstico precoce.”

Prevenção – Álcool e o tabaco são os maiores inimigos da laringe. O consumo de bebida alcoólica pode elevar até dez vezes as chances de uma pessoa desenvolver câncer em órgãos como laringe e boca; o cigarro aumenta 25 vezes. Já em pessoas que associam o fumo ao álcool, esse número salta para 43.

“O grande pulo do gato ainda é não fumar, apesar de um novo agente estar entrando em cena, o vírus HPV”, ressalta Ramos. “A agressão crônica dos componentes cancerígenos do tabaco ainda é a grande responsável pelos casos de câncer, lesões cancerizáveis e até tumores benignos da laringe e de toda a mucosa das vias aéreo-digestivas”, afirma Ramos.

Sintomas – Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta sugere tumor supraglótico, enquanto rouquidão indica tumor glótico ou subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de nódulo na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar). Mau hálito, tosse e perda de peso também podem estar associados.

Diagnóstico – Entrevista e exames (videolaringoscopia, laringoscopia de suspensão, microendoscopia de contato e biópsia) feitos pelo médico especialista (cirurgião de cabeça e pescoço, otorrinolaringologista ou cirurgião oncológico) indicarão a natureza da lesão.

Tratamento – Caso diante de um tumor maligno, o tratamento dependerá de sua extensão e inclui cirurgia, radioterapia e associação de quimioterápicos. “A atenção multidisciplinar é fundamental para a saúde integral do paciente, assim como a compreensão dos passos do tratamento, a recuperação e a prevenção de sequelas (inclusive da voz)”, afirma o oncologista.

Atenção!

Alguns sinais podem indicar problema na laringe:

• Tosse por mais de 2 semanas;

• Rouquidão, ardor e pigarro constantes;

• Perda da voz;

• Dificuldade para respirar;

• Dor ao falar. Sensação de que a garganta está arranhando. Quando o tumor está em estágio avançado, essa dor pode chegar ao ouvido;

• Dificuldade para deglutir alimentos – disfagia;

• Dor ao engolir alimentos, sensação de que existe “uma bola na garganta” – odinofagia;

• Dor no pescoço.

Serviço:

Hospital Erasto Gaertner

R. Dr. Ovande do Amaral, 201 – Jardim das Américas

CEP 81.520-060 – Curitiba/PR

Telefone: (41) 3361-5000

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Maristela Orlowski – [email protected]

Virgínia Vilela – [email protected]

Marci Ducat – [email protected]

(55 41) 3018 3377 / 9986 4113

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