faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Congresso FDHIC analisa como as GenAIs podem reduzir a entropia do setor saúde

Article-Congresso FDHIC analisa como as GenAIs podem reduzir a entropia do setor saúde

Congresso FDHIC.png
Congresso apresenta discussões sobre o impacto das GenAIs no setor de saúde

O Future of Digital Health International Congress estreou com o pé direito na 29ª Hospitalar. Com o tema “O poder das GenAIs no ecossistema de Saúde”, Guilherme Hummel, curador do congresso e nosso colunista, conduziu discussões sobre a emergência das Inteligências Artificiais Generativa (GenAIs) na saúde. 

Dentre os principais assuntos tratados ao longo do dia por palestrantes nacionais e internacionais, destaca-se a influência desta tecnologia na jornada do paciente por meio de vestíveis e aplicativos inteligentes. Também esteve em pauta como as GenAIs podem aprimorar o contato humano, além das mudanças que assistentes de IA podem proporcionar na parte de documentação clínica. 

Processos mais organizados, eficientes e previsíveis 

Com o tema “A próxima década para as Cadeias Públicas e Privadas de Saúde: reduzindo entropia do setor com as GenAIs”, o painel encerrou o dia com chave de ouro.  

Carlos Pedrotti, Gerente Médico do Centro de Telemedicina do Hospital Israelita Albert Einstein, Daniel Greca, Innovation and Business Unit Director do Hospital Sírio-Libanês e Victor Gadelha, Head of Education, Research and Innovation, Dasa, discutiram como as GenAIs podem tornar os processos das instituições de saúde mais organizados, eficientes e previsíveis de modo a reduzir problemas do setor já bastante conhecidos.  

Como moderador do debate, Hummel trouxe dados alarmantes do National Health System (NHS), sistema de saúde do Reino Unido mundialmente reconhecido. O NHS enfrenta uma crise que envolve escassez de profissionais, longas filas de espera para os pacientes e recursos insuficientes. Além disso, a crise de financiamento tem dificultado a modernização das infraestruturas e a implementação de novas tecnologias. 

Integração de informações 

Em um paralelo com o Brasil, dadas às devidas proporções, o moderador questionou como as GenAIs podem integrar mais as informações e minimizar os problemas. Daniel Greca acredita esse tipo tecnologia pode acelerar alguns pontos, como a prescrição de glosas, suporte à decisão clínica e serviços de back office. No entanto, as GenAIs não vão resolver tudo segundo Greca.  

“Não dá para terceirizar a responsabilidade enquanto paciente ou executivo da saúde”, afirma. Para ele, a tecnologia é sempre o meio para resolver algo e confessa que vê muitas iniciativas para resolver problemas internos, mas pouca ação para liquidar desafios do setor. Greca ainda acrescenta que a saúde suplementar tem um cenário complicado, visto que não há um sistema de organização, diferentemente do SUS, que foi criado a partir de políticas e onde há certo nível de hierarquização.  

Potencialidades e revisão do sistema 

Na Dasa, Victor Gadelha conta que, a partir das GenAIs, foi possível elevar a pesquisa clínica a outro patamar. Ele destaca o grande potencial de classificação da ferramenta, o que acelera bastante o processamento de dados, parte fundamental dos estudos clínicos. A coleta e análise de dados, permite previsões mais precisas e personalizadas. Além disso, a GenAIs facilitam a identificação de padrões complexos em grandes volumes de dados clínicos. 

Carlos Pedrotti também enxerga muitas funcionalidades, como a alta capacidade de sumarização da ferramenta, inclusive existe um “novo modelo” de prontuário sendo testado no Einstein. Porém, ele acredita que a tecnologia pode ser instrumento para mudar o sistema. Ele alerta para o cuidado de não digitalizar somente os processos, sem gerar, de fato, uma disrupção ou agregar eficiência. 

Saúde em 2034 

Hummel finalizou o painel com uma pergunta sobre o futuro: como as instituições de estarão operando daqui a 10 anos? Greca acredita que as instituições estarão mais eficientes e haverá um cuidado mais personalizado e proativo. Já Gadelha aposta no aprimoramento da auditoria clínica e na construção de bancos de dados mais robustos. Pedrotti afirma que a maioria dos hospitais não vai mudar muito, mas ousa dizer que não haverá mais atendimento com psicólogo. Para ele, as GenAIs dominarão tudo. 

Esse foi só o primeiro dia do Future of Digital Health International Congress (FDHIC). Até a próxima sexta, 24 de maio, ainda tem muito a ser discutido.  

Quer ter um resumo claro e valioso com as principais discussões do primeiro dia do FDHIC? Acesse!