O Hospital Sírio-Libanês inaugurou sua primeira Sala Híbrida, que combina equipamentos de imagem de alta complexidade com estrutura cirúrgica completa. O objetivo é permitir a realização de procedimentos que integrem técnicas minimamente invasivas e cirurgias abertas no mesmo ambiente, sem a necessidade de transferências ou atrasos em casos de conversão durante a operação.

De acordo com Sergio Arap, diretor adjunto Médico do Centro Cirúrgico, a principal vantagem é a versatilidade. “Caso o procedimento precise ser convertido para uma cirurgia tradicional, tudo pode ser feito no mesmo local, o que reduz riscos e acelera a recuperação do paciente”, afirma.

O espaço foi projetado para atender múltiplas especialidades, entre elas, cirurgia vascular, cardiovascular, ortopédica, urológica e oncológica, e conta com o ARTIS Pheno, sistema de imagem da Siemens que integra diferentes modalidades, como raios-X, ultrassom, ecocardiografia, tomografia e ressonância magnética. A tecnologia permite a visualização em tempo real durante os procedimentos, com maior precisão e sem necessidade de contato direto com o paciente.

A estrutura também contempla requisitos avançados de segurança, incluindo proteção radiológica com paredes de chumbo, sistema de climatização conforme normas sanitárias atualizadas e certificações internacionais. A expectativa é que a nova sala amplie a capacidade do centro cirúrgico em cerca de 90 procedimentos mensais. As equipes multidisciplinares passarão por treinamento específico para utilização da nova infraestrutura.

Avanços também em diagnóstico por imagem

Além da Sala Híbrida, o hospital adquiriu novos equipamentos para exames de colonoscopia e endoscopia. Os sistemas contam com sensores de imagem de alta definição, contraste ajustável e inteligência artificial para detecção de lesões suspeitas, como as associadas ao câncer colorretal.

Outro destaque é a capacidade de visualização de vasos sanguíneos de pequeno calibre, que contribui para a redução de riscos em cirurgias endoscópicas, como hemorragias. Segundo Arap, os índices de detecção de lesões no serviço de endoscopia já superam a média registrada em estudos científicos nacionais e internacionais. A expectativa é que os novos recursos reforcem a capacidade diagnóstica e antecipem o tratamento de doenças.