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Impressão 3D e TricValve permitem tratamento minimamente invasivo para insuficiência tricúspide

Article-Impressão 3D e TricValve permitem tratamento minimamente invasivo para insuficiência tricúspide

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Tecnologia 3D e inteligência artificial transformam o futuro da cardiologia, com o primeiro tratamento de insuficiência tricúspide no Brasil utilizando modelo impresso em 3D e dispositivo minimamente invasivo.

O Hospital São Lucas Copacabana, parte da Dasa, realizou o primeiro tratamento de insuficiência tricúspide com o dispositivo TricValve no Brasil. O procedimento foi guiado por um modelo tridimensional impresso em 3D da anatomia do paciente, o que possibilitou uma abordagem personalizada e minimamente invasiva.

"Ao desenvolver modelos impressos em 3D de diversos materiais e de complexidade crescente, pode-se obter uma melhor compreensão da anatomia do coração específica do paciente ", afirma Dr. Alexandre Siciliano, Membro Titular da Academia Nacional de Medicina e cirurgião cardiovascular do Hospital São Lucas Copacabana. Ele explica que a aplicação contribui, inclusive, com objetivos educacionais. “Pode ser aplicado no treinamento de novas técnicas ou procedimentos, por exemplo, e ainda em ambientes clínicos para simulação de procedimentos cirúrgicos e intervencionistas mais complexos e pouco rotineiros, aumentando a segurança da intervenção ao customizá-la para a anatomia específica do paciente e reduzindo o tempo necessário para a realização de procedimentos cardíacos de mais elevada complexidade”.

Dispositivo TricValve.pngO dispositivo TricValve oferece diversos benefícios em comparação com os métodos tradicionais de tratamento da insuficiência da válvula tricúspide. Por ser um método minimamente invasivo, o dispositivo evita que o paciente passe por uma cirurgia aberta - que exige um tempo de recuperação maior e, consequentemente, demora para retorno de sua rotina.

“Também torna possível o tratamento de pacientes que não eram elegíveis aos procedimentos cirúrgicos tradicionais. Outros benefícios para os pacientes são a melhora da qualidade de vida (redução do cansaço, fadiga e inchaço na barriga e pernas), diminuição da carga de remédios e da frequência de internação hospitalar por descompensação clínica”, completa Dr. Siciliano.

Dr. Siciliano também explica que o sistema TricValve pode ser uma solução eficaz principalmente para casos graves. “O sistema TricValve pode, potencialmente, fornecer uma solução eficaz e de baixo risco para muitos pacientes que atualmente não têm opções de tratamento cirúrgico convencional, e já não respondem bem ao tratamento clínico otimizado, reduzindo os sintomas congestivos periféricos (edema das pernas e abdome, por exemplo) e a fadiga associada ao baixo débito cardíaco”.

Com o uso de tecnologias emergentes, como impressão 3D e inteligência artificial, o futuro da cardiologia é promissor – como comenta o médico. “O desenvolvimento adicional da segmentação de imagens baseada em inteligência artificial tem o potencial de transformar fundamentalmente as atuais práticas de segmentação, agilizando o processo e tornando-o mais consistente. A impressão 3D em cardiologia tem o potencial de avançar mais rapidamente do que nas últimas décadas, proporcionando mais avanços no tratamento eficiente, eficaz e específico do paciente portador de doenças cardiovasculares ao ampliar materiais e cores para a construção de modelos cada vez mais complexos”, finaliza.

TAG: Hospitais