Você sabe o que é climatério? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), este é um período de vida da mulher compreendido entre o final da fase reprodutora até a senilidade. Em geral, varia dos 40 aos 55 anos. Neste período ocorre, também, a menopausa, definida como a interrupção permanente da menstruação e reconhecida após 12 meses consecutivos de ausência de fluxos menstruais.
Segundo a Dra. Ana Célia Bonfim, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Luzia, em Brasília, essa fase é caracterizada por um conjunto de sinais decorrentes de alterações hormonais, emocionais, físicas e sociais “Não há formas de evitar que isso aconteça, pois faz parte do ciclo natural da vida”, comenta a médica.
A terapia hormonal (TH), o uso de drogas alternativas, a mudança do estilo de vida e as dietas são eficazes para melhorar a qualidade de vida da mulher durante o climatério. “O tratamento hormonal deve fazer parte de uma estratégia global que inclua recomendações aliadas à atividade física, à alimentação saudável, ao combate do tabagismo e ao excesso de peso”, recomenda a especialista.
A ginecologista alerta que a diminuição da produção de hormônios causa um desequilíbrio no organismo da mulher, podendo ocasionar um aumento do colesterol, do peso, além de alterações da pressão arterial e do açúcar no sangue. “Por isso, antes do início da terapia é importante que a mulher passe por exames rigorosos, a fim de identificar fatores de risco e prevenir doenças coronarianas, tromboembolismo e osteoporose”, esclarece.
Sintomas
A diminuição da produção dos hormônios estrógenos nesta fase resulta em algumas alterações menstruais. No curto prazo, a mulher é acometida por ondas de calor, insônia e modificações psicológicas e emocionais, o que pode agravar quadros depressivos pré-existentes. “Após esta etapa, pode ocorrer uma atrofia mucosa e cutânea, responsável pela dispareunia (dor em relações sexuais) e incontinência urinária”, explica Dra. Ana Célia.
Com isso, a reposição hormonal é indicada na perimenopausa para tratamento dos sintomas. Após a menopausa (último menstruação), a técnica é utilizada para aliviar os sinais urogenitais, que em geral são mais tardios, e melhorar a qualidade da vida sexual da paciente. “A mulher deve se tranquilizar quanto à terapia hormonal. Esse tratamento tem o intuito de melhorar a qualidade de vida da mulher neste período”, conclui.
