O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta quarta-feira (19) da inauguração da sala de emergência, e das novas áreas de enfermaria e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Schweitzer, no Rio de Janeiro, onde serão instalados, posteriormente, 110 leitos de retaguarda, sendo 44 de UTI. Além disso, a unidade reduziu em 24% a taxa de ocupação na emergência, reduzindo de 126% em março/2012 para 96% em novembro/2012. No hospital já foram qualificados 66 leitos para retaguarda.
Além desses leitos, está assegurada a abertura de mais 94 leitos em hospitais parceiros sendo, 81 de enfermaria e 13 de UTI. Ao todo, serão destinados 204 leitos que irão garantir a assistência à população. Estas ações são resultados da ação estratégica S.O.S Emergências, com objetivo de qualificar a gestão e o atendimento em grandes hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O ministro disse que ?em um ano mostramos que é possível tirar as macas dos corredores, reduzir o tempo de espera e abrir leitos de retaguarda da emergência. Também houve melhor uso dos centros cirúrgicos, passando de uma média de utilização inferior a 60% para 90% e em algumas situações chegando a 100% de aproveitamento?, completou.
GESTÃO ? A média anterior de nove pacientes por dia em macas nos corredores foi reduzida a zero. A implantação da ferramenta de gestão de leitos, conhecida como Kan Ban, proporcionou uma melhor avaliação das situações que contribuem para a permanência prolongada dos pacientes na emergência, um dos problemas apontados no diagnóstico feito pelo Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar (NAQH).
Placas de fácil visualização indicam o tempo em que o paciente ocupa um determinado leito. Desta forma, o sistema alerta os profissionais para buscarem soluções de encaminhamento para os pacientes que podem ser transferidos para leitos de internação, UTI ou ter alta.
Desde o início da ação, em novembro do ano passado, o hospital recebeu do Ministério da Saúde o incentivo anual de R$ 3,6 milhões para custear a ampliação e qualificação da assistência da emergência. Além desse recurso, estão previstos mais R$ 28,6 milhões, ao ano, para manutenção dos leitos e R$ 1,4 milhão para aquisição de equipamentos.
PARCERIA- Outra mudança está relacionada ao número de pacientes nos corredores. O diagnóstico, elaborado pelo NAQH – formado por profissionais do Albert Schweitzer, da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde -, apontou ainda a necessidade de realizar uma adaptação da área física da emergência.
?A principal conquista do S.O.S. Emergências foi a motivação que a equipe do hospital teve. É um estímulo e um reconhecimento para a elaboração de um plano de ação a partir do diagnóstico feito. Buscamos a melhoria no atendimento e temos o apoio do Ministério da Saúde para isso?, avaliou o diretor do hospital, Dilson Pereira.
AÇÃO ?O S.O.S. Emergências é uma ação estratégica do Ministério da Saúde, em conjunto com os gestores locais (estaduais e municipais), lançada em 2011 para qualificar o atendimento nas principais emergências do país. Fazem parte da Iniciativa 12 hospitais de grande porte nas seguintes localidades: Goiânia (GO) Ananindeua (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Brasília (DF), São Paulo (SP), Belo Horizonte (BH), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).
Todos os hospitais selecionados são referências regionais, possuem pronto-socorro e realizam grande número de internações e atendimentos ambulatoriais. A meta é que – até 2014 – o S.O.S. Emergências atinja os 40 maiores prontos-socorros brasileiros, em 26 estados e no Distrito Federal.
Fonte: Por Neyfla Garcia e Lívia Nascimento, da Agência Saúde – Ascom/MS
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