O Instituto Butantan deve aumentar a produção do medicamento surfactante pulmonar, utilizado para salvar a vida de bebês prematuros, das atuais 4 mil doses para 200 mil doses anuais. O secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, fez o anúncio ontem (23/02) durante a solenidade comemorativa dos 105 anos de fundação do Instituto Butantan. Como parte do evento comemorativo, foi assinado um acordo entre o Instituto e o Instituto Sadia de Sustentabilidade para transformar a fabricação experimental que ocorre desde 1999, em produção de larga escala.
O alto custo, em torno de R$ 700, inviabiliza o acesso à rede pública. Com a produção ampliada do Instituto, a previsão é reduzir esse preço pela metade.
O medicamento é fabricado a partir da extração de uma substância do pulmão de suínos, que é congelada a menos de 20 graus centígrados. Dados do ministério da Saúde indicam que 63 mil bebês podem adquirir a Síndrome do Desconforto Pulmonar, problema que atinge 30% dos prematuros. Trata-se dos casos em que o pulmão ainda não se desenvolveu completamente, dificultando a respiração da criança.