A possibilidade de que os países-membros acionem cada vez mais rápido e de forma articulada suas estruturas de vigilância sanitária nas fronteiras foi um dos principais focos de discussão da União de Nações Sul-americanas (Unasul), que reuniu na quinta-feira (13) ministros da Saúde dos 12 integrantes em Montevidéu, no Uruguai.
“O que se pretende é consolidar uma estrutura de confiança e segurança de vigilância sanitária entre os países”, ressaltou o coordenador do UNASUL Saúde Brasil e coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Buss, que participou do encontro. As informações são da Agência Saúde.
Dengue e Medicamentos
No contexto atual, a dengue, as dificuldades de combate ao mosquito transmissor e as pesquisas sobre uma vacina contra a doença impõem-se como um dos assuntos prioritários no grupo. Uma das preocupações é o atendimento a cidadãos que se deslocam entre os países da Unasul.
Entre os assuntos em discussão, estão ainda o acesso a medicamentos (entre os quais os genéricos) e a possibilidade de negociação conjunta dos países sul-americanos com as grandes indústrias mundiais para a redução de preços. Ainda não há uma resolução específica sobre o tema, mas a vigilância eficaz aos medicamentos será abordada durante o encontro.
Ministro da Saúde destaca diferenças regionais, formação continuada, direitos e condições de trabalho como pontos fundamentais na discussão de uma estratégia nacional.
Na ocasião, Padilha também reforçou a necessidade de abrir um canal de comunicação com as escolas de saúde, iniciativa fundamental para a elaboração de estratégias de fixação dos profissionais de saúde nesses locais.
“O que estamos discutindo não é o esforço de multiplicar o número de profissionais. Temos plena convicção que, seja pelo esforço político ou técnico, devemos ter a questão da qualidade como decisiva na construção do SUS”.
Para o ministro, os direitos dos trabalhadores, a garantia de melhores condições de trabalho e o estímulo a processos permanentes de formação e aperfeiçoamento dos profissionais devem ser preocupações constantes.
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