O Hospital Moinhos de Vento conquistou, pela quarta vez consecutiva, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, certificação que reconhece a transparência e a qualidade na gestão das emissões de gases de efeito estufa (GEE). O inventário de emissões da instituição foi auditado e certificado em 2024, consolidando o compromisso do hospital com a agenda climática e práticas sustentáveis no setor da saúde.
“Esse reconhecimento é mais do que uma certificação; é a validação de um compromisso que o Hospital Moinhos de Vento assumiu há anos: ir além da excelência na saúde e também cuidar do meio ambiente, liderando pelo exemplo e mostrando que é possível unir a alta complexidade do setor à gestão ambiental responsável”, ressalta Mohamed Parrini, CEO do hospital.
O Programa Brasileiro GHG Protocol, desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVCes), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, CEBDS, WBCSD e 27 empresas fundadoras, adapta ao Brasil o método internacional de cálculo e gestão de emissões. A iniciativa oferece ferramentas para estimar, reduzir e compensar emissões, alinhadas a padrões globais de qualidade.
Entre as ações que garantiram a renovação do selo estão projetos estruturantes para redução, compensação e rastreabilidade das emissões. Um dos destaques é a descontinuação gradual do uso de óxido nitroso (N₂O), principal responsável pelas emissões diretas do hospital e cujo potencial de aquecimento global é 298 vezes maior que o do CO₂. A medida é considerada uma das mais efetivas dentro do escopo do programa.
Outra iniciativa relevante é a usina fotovoltaica própria, que complementa a aquisição de energia 100% renovável de fonte eólica, com rastreabilidade assegurada pela ENGIE Brasil Energia. No campo da compensação, o projeto “Certidão da Vida” associa cada nascimento no hospital ao plantio de árvores nativas. A meta é plantar 20 mil mudas até 2027, promovendo a remoção anual de 400 toneladas de CO₂ e incentivando a regeneração florestal e a educação ambiental.
Em 2025, a instituição também implementou um sistema digital para coleta e consolidação de dados de emissões, garantindo mais agilidade, precisão e integração às estratégias de gestão ambiental. Equipes são capacitadas anualmente para dar suporte a uma governança climática robusta, que orienta decisões estratégicas e reforça a jornada rumo à neutralidade de carbono.
Para Rogério Almeida da Silva, gestor ambiental do hospital, a conquista é fruto dessa evolução. “O resultado é a consolidação de uma governança climática robusta, que fortalece a jornada da instituição rumo à neutralidade de carbono e à liderança no setor de saúde sustentável”, afirma.