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Perspectivas do setor de saúde suplementar para o pós-pandemia

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A epidemia do novo coronavírus causou uma grande instabilidade em diversos setores e não foi diferente com a saúde suplementar – atividade que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência médica à saúde. Além de promover reflexões quanto a alteração de comportamentos, relevância da tecnologia, reinvenção da formação médica e entre outros, a pandemia destacou a importância de que as empresas do segmento investissem de forma mais intensa em gestão, planejamento e poder de reação. Essa mudança de visão é somente uma das várias transformações que se fizeram presentes nos últimos meses e que irão guiar os próximos passos dos empreendimentos do setor no período pós-covid.

Segundo o presidente do Grupo First e idealizador da operadora de planos de saúde You Saúde, Rodrigo Felipe, a crise atual sinaliza o fim de uma era para os vários segmentos responsáveis pelo avanço da economia nacional e também aponta para um futuro composto por novas tendências, que irão gerar oportunidades para empresas de diferentes tipos. “As operadoras de saúde suplementar, por exemplo, serão fortemente favorecidas no pós-pandemia, desde que desempenhem a gestão inteligente de seus custos assistenciais. Com esse contexto, a tendência é que o mercado de planos de saúde ganhe um grande impulso, o que antecipará o processo de consolidação do setor. A procura pela eficiência de recursos conduzirá a gestão empresarial nos próximos anos e será um fator fundamental para a sobrevivência e sucesso de negócios, principalmente, os da área da saúde”, destaca.

Ao longo da pandemia, muitas empresas fecharam ou reduziram suas equipes de trabalho, isso contribuiu diretamente para o aumento do desemprego. Todo este cenário resultou na perda de adeptos ao plano de saúde, crescimento da inadimplência entre pessoas que optaram por manter os seus planos e a elevação da sinistralidade. “Entretanto, acredito que essa situação mudará no pós-pandemia. Digo isso porque com o fim da crise causada pela disseminação da covid-19, as pessoas darão maior foco a adoção de uma vida mais saudável, terão mais atenção quanto a higiene básica e serão mais cuidadosas ao se exporem em ambientes públicos. Essas mudanças trarão à tona a consciência sobre a relevância da medicina preventiva e até mesmo, de maiores investimentos em saneamento básico”, ressalta.

A demanda por operadoras de saúde com produtos de atenção primária bem delineados irá crescer bastante entre as populações presentes em zonas de grande contaminação pelo vírus. “Após a crise imposta pela covid-19, as operadoras poderão criar e oferecer produtos para a assistência de públicos específicos. Isso pode ajudar a equilibrar as despesas e custos das mesmas, tendo por base a integralização do cuidado”, comenta.

Outras tendências que terão destaque na saúde suplementar após a pandemia será o crescimento da adesão a telemedicina e do uso de inovações tecnológicas na área da saúde; o aumento da percepção quanto a importância de se ter um plano de saúde; a ampliação do acesso a saúde; o desenvolvimento de clínicas populares; e a ascensão da consolidação: contexto no qual as operadoras de menor eficiência deixam o mercado ou são absorvidas por organizações de maiores proporções por meio das práticas de fusão e aquisição.

“Com o fortalecimento da saúde suplementar, as operadoras terão um melhor preparo para agir diante possíveis crises e contarão com uma governança corporativa mais estruturada e competente. Estas características serão essenciais ao êxito de qualquer empresa do setor”, finaliza.