O mercado brasileiro registrou 330 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram fechados 350 negócios. Os dados fazem parte de um levantamento trimestral da KPMG, que acompanha 43 setores da economia.
Apesar da leve retração, o volume de transações segue próximo à estabilidade. “Houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda de empresas, influenciada principalmente por fatores geopolíticos internacionais e pela alta das taxas de juros. A tendência é de instabilidade no cenário global”, analisa Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG.
Tecnologia lidera número de operações
Entre os setores mais ativos no período, tecnologia da informação aparece em primeiro lugar, com 144 transações. Na sequência, estão empresas de internet (18 operações) e instituições financeiras (15). Completam o top 10:
- Serviços para empresas (14)
- Seguros (11)
- Energia e alimentos, bebidas e fumo (10 cada)
- Hospitais e laboratórios de análises clínicas (9)
- Imobiliário (8)
- Revenda de veículos, supermercados e telecomunicação e mídia (7 cada)
Domínio das transações domésticas
As operações entre empresas brasileiras continuam predominando. Das 330 transações realizadas no trimestre, 215 foram domésticas. Já as transações com participação estrangeira totalizaram 115 operações — sendo 83 de estrangeiros adquirindo empresas no Brasil, 19 de brasileiros comprando empresas no exterior e outras 13 envolvendo diferentes composições de capital.
Evolução por tipo de transação (1º tri 2025 x 1º tri 2024)
Tipo de operação | 2025 | 2024 |
---|---|---|
Doméstica (entre empresas brasileiras) | 215 | 243 |
CB1: estrangeiros comprando empresas no Brasil | 83 | 83 |
CB2: brasileiros comprando empresas no exterior | 19 | 12 |
CB3: brasileiros comprando de estrangeiros no Brasil | 7 | 1 |
CB4: estrangeiros comprando de estrangeiros no Brasil | 4 | 10 |
CB5: estrangeiros comprando de brasileiros no exterior | 2 | 1 |
Total | 330 | 350 |
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