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Como funcionam as ambulâncias aéreas?

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Como funcionam as ambulâncias aéreas?
Saiba mais sobre aeronaves e helicópteros que ajudam a salvar vida

Ninguém pode prever um acidente de carro, um ataque cardíaco ou qualquer situação inesperada que coloque a vida das pessoas em risco. Mas graças às remoções aeromédicas – também conhecidas como UTIs aéreas – é possível atuar com rapidez e precisão para salvar vidas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é a responsável por regulamentar esse tipo de transporte, fazendo uma série de exigências em relação à habilitação dos profissionais e da estrutura das aeronaves. Além do piloto, cada voo conta com médicos, paramédicos e/ou enfermeiros especializados. Para dar ainda mais segurança, os próprios pilotos também realizam um curso específico para essa operação, incluindo lições sobre primeiros socorros.

Ambulância aérea

Como as condições durante o voo são distintas daquelas em transporte terrestre, uma das etapas essenciais é realizar uma triagem médica previa, com o objetivo de avaliar as condições clínicas do paciente e se ele está apto a viajar. Na data do voo, a equipe se dirige ao hospital e checa novamente o quadro de saúde do paciente. Se não houver alteração e o médico responsável pelo paciente liberar o transporte, a missão é iniciada.

Todas as informações são repassadas ao piloto, que avalia a necessidade de se alterar ou não os padrões de voo. Em casos graves, por exemplo, a aeronave deve voar sempre abaixo de cinco mil pés. Decolagem e aterrissagem também exigem um cuidado à parte, para evitar impactos.

Outro aspecto a ser observado é que, apesar de as cabines serem pressurizadas, quanto mais um avião sobe, mais rarefeito é o ar, ou seja, menos oxigênio está disponível. Essa baixa oxigenação pode provocar alterações no organismo, causando sonolência e outros sintomas. Justamente para garantir que esse e outros fatores não agravem o quadro de saúde do paciente, a Anac exige que as aeronaves de transporte aeromédico estejam equipadas com UTI completa. Além disso, decolagens e aterrissagens com pacientes a bordo têm preferência garantida em relação a voos comuns.

Ganhando tempo

“Nesse tipo de fretamento, a agilidade é um fator crítico, pois qualquer demora pode levar a um agravamento do quadro clínico do paciente”, afirma Maria Lúcia Renault, diretora geral de manutenção, fretamento e gerenciamento de aeronaves da Líder Aviação. Ela explica que o tempo para realização entre todos os trâmites é bem mais curto do que em operações convencionais. “Enquanto a cotação é realizada, já existem pessoas resolvendo questões necessárias para liberar a parte médica, embarque, desembarque e demais procedimentos”. Todo o transporte em terra também é executado pela empresa, desde o local de origem até o hospital de destino, com ambulâncias próprias ou contratadas pelo cliente, desde que estejam dentro dos padrões de qualidade exigidos pela Líder.

Homologada para realizar transportes aeromédicos em 1992, a Líder Aviação já soma mais de 7500 remoções, não só no Brasil, mas em diversas regiões do mundo. “Para garantir excelência nesse trabalho, temos equipes extremamente especializadas, que passam por treinamentos constantes, pois a operação precisa ser perfeita”, afirma.

Transplantando vidas

A aviação também é crucial para transportar órgãos para transplante. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), 60% dos transplantes de órgãos e tecidos são transladados por aviões e helicópteros. Ainda segundo a Abear, o número de operações aeromédicas para transporte de órgãos chega a 4,5 mil a cada ano. “Em um país de dimensões continentais como o nosso, muitas vezes essa missão só pode ser feita só pelo ar. E como temos bases e aeronaves em todas as regiões do país – que operam 24h por dia – conseguimos ter a agilidade que esse serviço exige”, garante Maria Lúcia.