Estava conversando com Sílvio Meira, keynote speaker do Saúde Business Fórum, e ele me trouxe a preocupação das pequenas e médias empresas, empreendedores guerreiros, que quebraram ou quebrarão nessa crise, e com a dívida indo para a pessoa física, nunca mais se recuperarão, fazendo dessa não só uma geração perdida, mas algumas décadas perdidas talvez.

Para a maioria dos que sobrevivem, crise significa trabalhar mais pra conseguir o mesmo resultado ou algo próximo dos números do ano passado. E aí entra a crise criativa – e talvez a oportunidade. Mas principalmente a crise. Lutando para entregar mais com menos, para ter menos, o tempo pequeno do ócio criativo, se perdeu, e, sim, teremos oportunidades e desafios que a crise nos mostra, mas alguns investimentos não feitos previamente, nunca mais serão recuperados.

E as pessoas que não receberam emprego, as que não receberam investimentos de suas empresas ou de seu país, talvez não sejam mais recuperadas, e, assim, teremos mais algumas gerações perdidas e faremos investimentos grandes com grande energia para conseguirmos chegar onde já estivemos.

A oportunidade talvez seja o aprendizado, a resiliência, a força. Lembrar que passamos por esses dias e criamos coisas novas no meio do caos talvez nos deixe ainda mais preparados e confiantes para o futuro. Os problemas sempre estiveram aí, e não fomos capazes de resolvê-los. Talvez quando os problemas atuais forem embora, e os problemas antigos voltarem, nossas “novas” organizações estejam mais robustas e sólidas para finalmente resolvê-los.