Diante das transformações no setor de saúde, lideranças femininas ganham protagonismo na construção de modelos de gestão mais eficientes e humanizados. O painel “Transformação Coletiva: Como Lideranças Estão Redesenhando a Saúde”, na Arena HIS + Sustentabilidade, reuniu executivas que discutiram como alinhar inovação, tecnologia e cuidado às demandas do setor.

Moderado por Larissa Eloi, diretora executiva da FESAÚDE-SP e do SindHosp, o encontro reforçou que o futuro da saúde passa, necessariamente, por uma liderança baseada em colaboração, diversidade e geração de valor para todo o ecossistema.

“Nenhum avanço na saúde acontece de forma isolada”, afirma Milva Pagano, diretora executiva da Abramed. Segundo ela, a interdependência entre os atores do setor exige escuta ativa, articulação e construção conjunta. “Transformar a saúde é um exercício contínuo de união. Não se trata de impor soluções, mas de conectar pessoas e propósitos”.

Nathalia Nunes, diretora executiva do CBEXs, acrescenta que liderar na saúde vai muito além da gestão de indicadores. “O líder hoje precisa garantir que cada decisão gere valor real – tanto na qualidade do cuidado quanto no bem-estar coletivo”, afirma. Para ela, é papel das lideranças inspirar, fomentar ambientes inovadores e tomar decisões com impacto social.

Representando a indústria de biotecnologia e diagnóstico, Vanessa Silva, presidente executiva da Anbiotec Brasil, destaca que a transformação só ocorre quando a inovação tecnológica se conecta às necessidades reais dos sistemas de saúde. “Liderar com propósito é saber equilibrar ciência, gestão e impacto humano”, defende. Ela também ressalta que a presença crescente de mulheres nas decisões estratégicas tem fortalecido uma visão mais empática e alinhada com as demandas da sociedade.

As executivas foram unânimes: transformar a saúde exige mudar a mentalidade. O caminho passa por mais colaboração, eficiência e humanização, sem abrir mão da inclusão e da diversidade.