Segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o setor de serviços de diagnóstico ultrapassou 1 bilhão de exames realizados em 2024 em todo o Brasil. Um crescimento de 15,7% em relação a 2023.
No topo do ranking estão os exames de análise clínicas, em seguida, vem os exames de imagem – a segunda maior categoria em volume de procedimentos no país – que somaram 24,4 milhões em 2024 – alta de 43,4% ante os 17 milhões registrados no ano anterior.

Oportunidades
Como consequência da demanda, a empregabilidade no setor de medicina diagnóstica também aumentou neste período. Segundo a Abramed, essa área corresponde a 11,1% das vagas de trabalho na área da saúde. A grande procura por esses serviços gerou um saldo positivo de 9,1 mil novos postos de trabalho, em 2024 – número quatro vezes superior ao observado em 2023 – totalizando 307 mil empregados.
A alta procura por esse tipo de serviço impulsionou significativamente também o mercado de trabalho. De acordo com dados da Abramed, este segmento representa 11,1% do total de vagas no campo da saúde. Só em 2024, foram 9,1 mil novos empregos – um crescimento quatro vezes maior comparado ao registrado em 2023. Este desempenho positivo elevou o número total de profissionais empregados no setor para 307 mil trabalhadores.
Esses números destacam o setor como um dos principais empregadores na área da saúde. No ano passado, o país tinha 39,3 mil estabelecimentos que oferecem diagnóstico por imagem, a maior cobertura geográfica na área da saúde. Vale lembrar que as empresas associadas à Abramed respondem por 86,8% do total da saúde suplementar brasileira.
Os laboratórios clínicos lideram a empregabilidade com 144,7 mil profissionais. Os serviços de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizante – exceto tomografia – empregam 50,2 mil pessoas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O relatório revela que a tendência de crescimento do setor é impulsionada principalmente por fatores epidemiológicos, como envelhecimento populacional e aumento de doenças crônicas, além de avanços tecnológicos e maior acesso a serviços de saúde.
Como parte do desenvolvimento desta área da medicina, o parque de equipamentos de diagnóstico por imagem no país também teve saldo positivo. Conforme dados da Abramed, passou de 247,8 mil unidades para 293,3 mil, no período entre 2023 e 2024 – crescimento foi de 9,9%.
Entre os equipamentos médicos, os tomógrafos computadorizados registraram o maior crescimento: saltaram de 212 para 240 unidades nas empresas associadas, representando um aumento de 13,2%. Os ultrassons mantêm-se como os equipamentos predominantes nas instituições, constituindo quase metade (46,1%) de todos os aparelhos de imagem disponíveis. O número de mamógrafos também cresceu, passando de 351 para 373 unidades, enquanto os equipamentos PET/CT aumentaram de 26 para 29 aparelhos.
Em 2024, as associadas à Abramed contavam com 2.173 aparelhos de ultrassom, 543 equipamentos de ressonância magnética, 240 tomógrafos computadorizados e 373 mamógrafos.

Faixa etária
Segundo especialistas do setor, o crescimento dos exames de imagem está diretamente relacionado às mudanças demográficas no país, como o envelhecimento da população, que leva ao aumento no número de doenças crônicas.
Dados do IBGE revelam que, pela primeira vez, em 2023, a população idosa (15,6% da população) superou o número de jovens (14,8). Entre 2000 e 2023, a proporção de brasileiros com 60 anos ou mais praticamente dobrou, saltando de 8,7% para 15,6% do total populacional. Em números absolutos, este grupo etário cresceu de 15,2 milhões para 33 milhões de pessoas em pouco mais de duas décadas.
Ainda segundo o IBGE, daqui a 45 anos, os brasileiros com mais de 60 anos deverão corresponder a cerca de 37,8% da população do país, ou 75,3 milhões de pessoas idosas.
Em 2024, segundo a Abramed, a população com 60 anos ou mais somava 16,6% dos habitantes. A expectativa é que esse grupo supere 30% até 2050. Essa faixa etária corresponde a 19,7% do total de procedimentos realizados no Sistema Único de Saúde.
O número de procedimentos diagnósticos por habitante cresce acentuadamente a partir da faixa etária de 50 a 54 anos. Os picos ocorrem nas faixas de 70 a 79 anos.