O 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), realizado em Brasília, reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor industrial e governamental para discutir temas estratégicos para o desenvolvimento do país. Entre os destaques da programação, a mesa-redonda “Visão do Contratante de Planos de Saúde – Desafios e Oportunidades” trouxe à tona as dificuldades enfrentadas pelas empresas na gestão de planos de saúde corporativos, que respondem por mais de 70% do mercado no Brasil.
O debate contou com a participação de Ademar José de Oliveira Paes Junior, membro do conselho da Abramed e CEO da LifesHub; Jacqueline Alves Torres, assessora da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Danila Pires Cardoso, diretora de Pessoas do Grupo CCR; e José de Assis Pires de Miranda Junior, coordenador de Saúde Ocupacional do SESI-SP. A moderação ficou a cargo de Emmanuel Lacerda, superintendente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI.
Principais desafios
Os participantes destacaram questões críticas, como a escalada nos custos dos planos e as mudanças no perfil dos beneficiários. O envelhecimento da população e o aumento constante na utilização dos serviços de saúde têm pressionado as empresas contratantes, tornando a gestão cada vez mais desafiadora.
Ademar Paes Junior ressaltou a necessidade de mudanças estruturais para conter a sinistralidade e otimizar custos. “Precisamos investir em prevenção, implementar um monitoramento contínuo dos pacientes e integrar serviços de saúde para otimizar recursos e reduzir gastos desnecessários”, afirmou.
Sustentabilidade como prioridade
Outro ponto de consenso foi a importância de uma gestão mais eficiente para garantir a sustentabilidade da saúde suplementar. Os debatedores apontaram que isso requer um esforço coletivo entre empresas, governo e prestadores de serviços. Além disso, a manutenção de um sistema de saúde suplementar sustentável pode aliviar a sobrecarga sobre o SUS, fortalecendo o equilíbrio do setor como um todo.
A discussão reforçou a urgência de estratégias inovadoras e colaborativas que não apenas reduzam custos, mas também promovam a qualidade e a eficiência no atendimento, garantindo um futuro mais equilibrado para a saúde suplementar no Brasil.