O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou novos reajustes na Tabela do SUS e muitos hospitais já se sentem contemplados com a ação. Porém, em entrevista ao portal, o presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Eduardo de Oliveira, declara que os reajustes foram de apenas 5,3%, sendo um valor considerado insuficiente.
Saúde Business Web: Quais foram os ajustes anunciados pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, na tabela do SUS?
Eduardo de Oliveira: “Os ajustes anunciados pelo Ministério e noticiados pela imprensa foram no valor de R$ 2,7 bilhões para o ano de 2009. Todos sabem que os hospitais necessitam dessa revisão de valores na tabela. Mas apenas R$ 1,457 bilhão foi aplicado para tratamento ambulatorial e internação, ou seja, aproximadamente 50%. O restante do dinheiro foi mais uma vez aplicado em outros programas. Portanto, o aumento real foi de 5,38%, que é totalmente insuficiente”.
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SBW: Qual será a principal mudança para os hospitais após o anuncio dos reajustes?
Eduardo de Oliveira: “Não há nenhuma mudança, apenas um pequeno reajuste médio, prolongando a agonia de muitos hospitais”.
 
SBW: Será necessário que os hospitais busquem por algum tipo de adequação?Qual (s)?
Eduardo de Oliveira: “Como as alterações foram feitas em apenas alguns procedimentos da tabela, as adequações se darão no sentido de priorizar procedimentos menos defasados”.
 
SBW: Quais benefícios o ajuste de procedimentos da tabela do SUS trás para o setor hospitalar?
Eduardo de Oliveira: “Se houvesse um ajuste real na tabela de procedimentos de modo a não haver prejuízos na prestação de serviços, os benefícios seriam inúmeros. Inicialmente a população seria melhor atendida e haveria um interesse de acabar com filas de espera e consequentemente a mortalidade. Acredito que muitos usuários deixariam de pagar convênios em troca de serem atendidos no SUS”.
 
SBW: De que forma os hospitais receberam a notícia dos ajustes na tabela do SUS? Esperava-se está ação em 2009?
Eduardo de Oliveira: “A FBH realizou estudo dos valores já reajustados para 2009. Comparando com o valor original desde 1994 e com as variações de custos da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), teríamos a seguinte defasagem:
-Gastrectomia 144%
-Apendicectomia 90%
-Prostatectomia 134%
-Parto Normal 5% “