Em visita as comunidades ribeirinhas de São Raimundo do Pirativa e São João do Matapim, no Amapá, o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) confirmou as denúncias sobre o uso de cobaias humanas em pesquisas sobre malária. Cerca de 40 homens, relataram ao senador ter aceito participar dos estudos, recebendo, em troca, de R$ 12 a R$ 20 por dia. Os ribeirinhos eram submetidos, diariamente, a picada de 100 mosquitos. As pessoas tinham que capturar 25 mosquitos por vez e aprisioná-los em um copo.
Segundo entrevista de Cristóvam a Agência Brasil, depois disso, eles colocavam o copo na perna para que os mosquitos ficassem chupando o sangue durante uma, duas, três horas, o tempo que fosse necessário para que os mosquitos ficassem tão saciados de sangue que caíssem. Depois de saciados, os insetos eram entregues aos pesquisadores.
Foi constatado ainda que em uma das comunidades, cerca de 50% das pessoas contraíram malária. Apesar de não haver provas da contaminação com a pesquisa, há relatos de que há meses não tinham casos de malária na comunidade.
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