A Agência Nacional de Vigilância Sanitária fez um alerta aos profissionais de saúde, nessa terça-feira (26), sobre o uso de sibutramina. A substância, que está presente em medicamentos usados para auxiliar a perda de peso, deve passar por uma nova avaliação do órgão em fevereiro.
O órgão também deve promover debates sobre o tema. Um novo parecer técnico pode determinar medidas mais restritivas ao uso desses medicamentos. Enquanto isso, a Anvisa quer que farmacêuticos e médicos orientem a população quanto aos riscos e às reais necessidades de uso do medicamento.
O alerta foi feito após a suspensão da venda da sibutramina na Europa, a partir de recomendação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês). Estudo feito por um comitê da agência mostrou que os efeitos colaterais do uso da substância, principalmente no desenvolvimento de doenças cardiovasculares pre-existentes, são maiores do que os benefícios prometidos pelos medicamentos.
Em nota, o presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Ricardo Meirelles, ressaltou que o estudo foi feito em pacientes já portadores de doença cardiovascular ou com histórico de problemas cardíacos. Segundo ele, “em condições normais, [esses pacientes] não seriam elegíveis para a prescrição da sibutramina.
Segundo Meirelles, não há evidências de que a “prescrição criteriosa” a pacientes sem contra-indicações “ocasione aumento de eventos cardiovasculares”. O médico lembrou também que os medicamentos, se necessários, devem agir como coadjuvantes de hábitos saudáveis.
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