A hérnia de disco atinge hoje cerca de 5,4 milhões de brasileiros, segundo o IBGE. Entre as pessoas que sofrem com a patologia a dúvida quanto ao melhor tratamento ainda prepondera. O neurocirurgião Paulo Said, do Hospital Dr. JK – em Brasília, esclarece para alívio dos pacientes que apenas 5% dos casos requerem cirurgia. “O indicado é o tratamento conservador, com medicamentos específicos, fisioterapia e exercícios de correção postural. A opção cirúrgica só prevalece quando a pessoa não responde a essas medidas”, explica.
De acordo com o também neurocirurgião Gilmar Saad, a predisposição genética e o estilo de vida estão entre as principais causas da alteração. “Alguns profissionais estão mais sujeitos a desenvolver a doença se não tomarem alguns cuidados com a postura ao levantar peso ou sofrer impacto de alta intensidade. É o caso de trabalhadores braçais, mergulhadores e atletas, como os maratonistas por exemplo”, pontua. Entre os sintomas que indicam a necessidade de uma avaliação especializada estão, além da dor na região, o formigamento com irradiação para pernas e braços e a sensação de fraqueza nos membros. “Quanto mais cedo for o diagnóstico médico maiores são as chances de recuperação livre de seqüelas”, conclui.