No final de 2008, em plena crise econômica mundial, período em que a maioria dos hospitais e empresas no Brasil planejavam cortar gastos, o Hospital Dr. Christóvão da Gama falava de aquisição de equipamentos. “Nós nadamos contra a maré na época. Mas entendíamos que uma remodelação da gestão e um novo projeto de TI poderiam garantir a sustentabilidade da unidade”, revela o diretor superintendente, Fernando Lorenção. É por essa razão que nos corredores do hospital de Santo André (SP), colaboradores abordam o diretor para saber quando os novos equipamentos estarão finalmente instalados. A ansiedade é explicável. A mudança significa uma nova visão de trabalho, que escolheu a Philips como sponsor e ainda envolve outras 15 empresas. Ou seja, uma total reestruturação de TI e no modelo de negócios.

O hospital, localizado no Grande ABC e que tem como público 99% de pacientes vindos de planos de saúde e o restante de privados, passou por diversas etapas para que sofresse uma renovação, que vai além da aquisição de novos equipamentos por imagem. Tudo começou em 2005, quando se deu início a viabilização financeira de um investimento total de R$ 5 milhões. Depois de várias conversas, dois bancos aceitaram o desafio e passaram a integrar o grupo envolvido na mudança. “O projeto se paga sozinho”, garante Lorenção, que planeja um incremento de 30% na receita, assim como uma redução de custos na casa dos 20%. Sendo assim, um projeto de sustentabilidade com foco na integração dos parceiros dava os primeiros passos na unidade.

Nova fase

“O que realizamos aqui não foi simplesmente a compra de equipamentos isolados, mas participamos de um conceito de solução integrada”, avisa Lorenção. Segundo o diretor superintendente, a procura por um sponsor como a Philips, que compreendesse o ideal do Dr. Christóvão da Gama de integração entre equipamentos já existentes e novos; além da aquisição de máquinas que se adequassem ao perfil do hospital e não exigisse exclusividade de marcas, foi preponderante para que o projeto desse certo. Sendo que ainda há previsão de chegada de mais aparelhos que receberão um update após um período de cinco anos de uso. Todas estas ações, na verdade, fazem parte de um processo de integração entre o sistema de informação hospitalar (HIS) com o de informação de radiologia (RIS) e, futuramente, o armazenamento de imagens médicas (PACS).

Outra empresa parceira é a Wheb Sistemas, que fechou com o hospital o fornecimento de soluções de gestão administrativa e hospitalar. Já a Dell contribuirá com equipamentos, como computadores. “Nosso ideal sempre foi encontrar fornecedores que pudessem oferecer soluções globais”, conta Lorenção, que está investindo agora no processo de integração de todas essas novidades tecnológicas. “Todos os setores têm que conversar. Estamos de olho no selo de acreditação”, garante o diretor superintendente.

Todo este esforço no setor de tecnologia do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama tem mais uma explicação. O hospital possui um projeto aprovado deste 2001 de uma nova torre com 10 mil metros quadrados que terá oito andares e dois subsolos, e será construída onde hoje fica o estacionamento dos funcionários da unidade. A construção do prédio tem início em 2010 e deve ser concluído num período de 15 a 18 meses. A torcida é para que, com todas essas mudanças e a ampliação, o hospital possa ser a primeira opção de médicos do ABC para a realização de exames por imagem. Uma porta de entrada para novos clientes. “Quando tudo estiver concluído queremos ser conhecidos como o hospital com o melhor equipamento por imagem do ABC.” Enquanto isso não acontece, o superintendente recolhe os primeiros efeitos dos investimentos em tecnologia, que acabam se refletindo no atendimento aos pacientes. “O maior benefício é o de atender melhor nossos dois clientes: o médico e o paciente. A integração à tecnologia faz parte dessa visão de negócio.”

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