Foi aprovado ontem, 12, no plenário da Câmara dos Deputados, um requerimento que pede a realização de audiência pública que pretende discutir a distribuição do medicamento Tamiflu, utilizado no tratamento contra o vírus H1N1. O pedido foi feito pelo deputado federal Eleuses Paiva (DEM-SP) e tem como base resultados de uma pesquisa feita nos EUA com pacientes infectados que tomaram o medicamento num período de 48 horas e tiveram uma resposta mais eficiente ao tratamento. A intenção da audiência é discutir uma aceleração da entrega do medicamento ao maior número possível de unidades de saúde pública.
Crianças, adultos com menos de 40 quilos e aqueles que não podem engolir as cápsulas de Tamiflu devem tomar o medicamento na forma líquida. Para agilizar o tratamento de pacientes com tais condições especiais, laboratórios públicos de seis estados – Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo – irão produzir o medicamento já na forma líquida para evitar possíveis erros na dosagem. Até o momento, o Ministério da Saúde distribuiu 10.179 frascos do Tamiflu em pó direcionados ao tratamento de crianças. A partir de agora, a responsabilidade pela diluição é dos estados, que receberam orientação de procedimento da Roche e um guia do Ministério da Saúde.
Menor taxa de mortalidade
Mesmo com as dificuldades que o Ministério da Saúde tem em distribuir o medicamento para todas as regiões do País, o Brasil ainda possui a menor taxa de mortalidade da gripe suína entre países com grande quantidade de casos da doença. Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, o Brasil registrou 0,09 mortes em cada grupo de 100 mil habitantes, contra 0,83 da Argentina e 0,65 no Uruguai. Atualmente, o número de óbitos confirmados no País é de 192.