A fim de ser relevante também na área pública, a MV, que hoje é líder entre as empresas de sistemas de gestão de saúde no País, acaba de comprar a paranaense Consulfarma, especializada no desenvolvimento de soluções para Secretarias Municipais de Saúde e Consórcios Intermunicipais de Saúde. O valor da operação não foi divulgado, até por compliance ao fundo Insight Partners, que detém participação de 20% do capital da empresa pernambucana. 

Hoje, com menos de 20% de market share na esfera pública, o presidente da MV, Paulo Magnus, diz não poder perder as oportunidades deste mercado, que representa “50% de toda a estrutura de gestão de saúde do Brasil”.

Presente no mercado há 16 anos, a Consulfarma possui mais de 120 municípios clientes em oito estados brasileiros e seu portfólio contempla desde a marcação de consultas e gestão do estoque de medicamentos até o gerenciamento de informações de Vigilância Sanitária e controle das notificações dos agravos e investigações epidemiológicas. O presidente da Consulfarma, Mauro Franco, continuará liderando a companhia, agora de dentro da MV.

De acordo com Magnus, o diferencial da Consulfarma está na realização do monitoramento estatístico periódico das informações de saúde dos municípios clientes.

Com a mesma estratégia de aquisições e ambição em termos de abrangência, a MV também mira o segmento de operadoras de planos de saúde. Em agosto de 2014, a companhia adquiriu a Racers Tecnologia, especialista em desenvolvimento de softwares para operadoras.

Apesar da fragmentação do sistema de saúde brasileiro, são poucas as empresas de softwares para a saúde com porte relevante e que competem entre si. Ao lado da MV está a holandesa Philips (fornecedora do Tasy), dona de uma participação de 24,6% do mercado, enquanto a brasileira detém 27%, segundo pesquisa Antes da TI, a Estratégia, realizada pela IT Mídia em 2013, onde a Totvs está na terceira posição, com 16%. 

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