A experiência do Sistema Único de Saúde em atendimento por meio de tecnologias de comunicação à distância, com o programa Telessaúde, foi destaque no lançamento do plano GeHAP (Global eHealth Ambassadord Programme). O evento, que ocorreu no Rio de Janeiro nesta última sexta-feira, foi realizado pela Coordenação Nacional do Programa Telessaúde Brasil Redes da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde e do Núcleo de Telessaúde Técnico Científico da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e contou com a presença do Diretor Executivo da Sociedade Internacional para Telemedicina e Esaúde (International Society for Telemedicine and eHealth – ISfTeH), Yunkap Kwankan.
A iniciativa integra um conjunto de medidas que atendem às diretrizes da resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) para o desenvolvimento da e-Saúde e o uso das tecnologias de informação e comunicação aplicadas à saúde.
O Brasil foi escolhido para sediar a reunião de lançamento do programa pelo reconhecimento internacional e das principais autoridades na área, com relação à importância da experiência brasileira nesta área.
A diretora do Telessaúde brasileiro, Ana Estela Haddad, declarou que o programa dialoga com as prioridades do governo da Presidente Dilma, que inclui a saúde na agenda central no compromisso de erradicação da miséria.
Dentro das iniciativas de E-saúde, foi dado destaque à implementação do Cartão Nacional de Saúde, ao Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde(Cievs) e à integração do Telessaúde Brasil Redes com a Universidade Aberta do SUS (UNA SUS) e com a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE),vinculada à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.
?A cada duas teleconsultorias oferecidas aos médicos e profissionais de saúde que atuam no SUS, evita-se a remoção de um paciente para atendimento em outro serviço?, destaca Ana Estela. Para ela, além de garantir maior resolutividade na atenção, a consulta à distância gera também a redução de custos.
Estudo realizado no âmbito do programa demonstrou que a teleconsultoria que evita a remoção do paciente custa para o SUS oito vezes menos do que a consulta que demanda remoção para atendimento em outro serviço.

Telessaúde

Entre as experiências brasileiras apresentadas está o Telessaúde, ferramenta de TI que oferece teleassistência e teleducação aos profissionais que atendem na Atenção Primária de 974 municípios em 11 estados. Especialistas orientam a distância os profissionais de saúde que estão em contato direto com o paciente, conforme as situações do dia-a-dia.
Entre os beneficiados está a população indígena na região da Amazônia, onde os profissionais de saúde chegam por meio de unidades de saúde fluviais. Pesquisa mostrou que 67% dos profissionais do SUS consideram que o Telessaúde Brasil rompe com a sensação de isolamento dos médicos e colabora com a decisão de permanecer em locais remotos.

TELESSAÚDE BRASIL REDES

O programa Telessaúde Brasil Redes , em articulação com a Univesidade Aberta do SUS (UNA SUS)do Ministério da Saúde disponibiliza educação e supervisão continuada, à distância e semipresencial. aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
O programa permite que profissionais de saúde troquem informações sem sair dos postos de atendimento, por meio de videoconferências e internet. A ferramenta, que integra regiões mais distantes aos grandes centros de pesquisa e referência, permite ações como uma segunda opinião para os médicos e demais profissionais de saúde. Isso evita deslocamentos desnecessários do paciente, qualifica o diagnóstico e permite a educação permanente dos profissionais de saúde.
O governo federal está ampliando as ações do projeto Telessaúde Brasil Redes para todo o país. O Ministério da Saúde investirá nos próximos 12 meses R$ 70 milhões para a expansão do serviço, que hoje está presente em 12 estados.