O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e a Ordem dos Advogados do Brasil/RS decidiram unir forças contra a abertura de novas faculdades de Medicina e de Direito no Estado. Ambas publicaram nota oficial à imprensa ratificando essa posição. Existem hoje no Estado dez cursos de medicina ? que formam em torno de 800 médicos – e mais de 60 cursos de Direito. Para os presidentes Luiz Augusto Pereira, do Cremers, e Valmir Martins Batista, da OAB/RS, não se trata de reserva de mercado, e sim da busca de uma melhor qualidadena formação de profissionais, em benefício da população.?Não existe necessidade social de novas faculdades. É inadmissível cursos com objetivo meramente comercial, despreocupados com a qualidade?, afirma o presidente Pereira, acrescentando que ?no caso da Medicina, mais tarde os egressos da faculdade poderão colocar em risco a saúde da população?.
Ele destaca, ainda, que os cursos privados acabam recebendo verbas da União para seus hospitais universitários, prejudicando as instituições públicas, já que o orçamento para a área não tem reajuste. ?No final, os hospitais universitários públicos também são atingidos?, reforça.