A nova sede do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) será um dos maiores projetos na área de Saúde em Cuiabá nos próximos dez anos. O hospital funcionará no Campus II da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que será construído em uma área de 147 hectares, na rodovia Palmiro Paes de Barros, que liga a capital a Santo Antônio de Leverger.

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“É uma grande parceria do Estado com a União que irá beneficiar toda a população”, diz o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Moro. Os recursos iniciais, da ordem de R$ 14 milhões, já estão em caixa e foram disponibilizados por emenda parlamentar.

Orçado no valor total de R$ 84 milhões, o projeto foi incluído no Plano Plurianual (PPA 2007-2011). A previsão é que em três anos a construção esteja pronta, oferecendo 250 leitos para atendimento gratuito à população.

Pelo projeto apresentado à Assembléia Legislativa (AL), o complexo hospitalar terá um bloco com nove pavimentos e outra grande estrutura horizontal. No bloco, dentre outros espaços, ficará a internação, com 250 leitos, dos quais 50 distribuídos nas UTIs adulto, neonatal e pediátrica e a residência nas áreas oferecidas pela UFMT.

Também estão previstos a instalação de serviços de emergência, o ambulatório com consultórios médicos, farmácia, a administração e salas de aula, entre outros setores. Já o antigo prédio onde funciona o HUJM deverá abrigar alguma unidade pública de saúde ligada ao governo do Estado ou à universidade.

Mas há mais perspectivas de investimentos no setor. Entre outras novas obras previstas, estão duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), um Centro de Nefrologia, além da nova sede do Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac).

De acordo com Moro, a expectativa é que o lançamento das obras das UPAs aconteça em 60 dias. “Estamos finalizando a parte do projeto”, informou. O serviço será vinculado ao SAMU. A medida faz parte da execução do Programa Mais Saúde e visa desafogar as filas nos hospitais. A idéia é prestar atendimento emergencial de baixa e média complexidade 24 horas por dia, especialmente à noite e aos fins de semana, quando a rede básica não funciona.

Pelo programa do Ministério da Saúde (MS), na capital as UPAs terão a característica de nível III, com previsão de atendimento de 300 a 450 pacientes em 24 horas, com 13 a 20 leitos, consultórios, salas de estabilização, raios-x, sutura, medicação e nebulização. As unidades deverão ser entregues no ano que vem. Para as obras, o MS está liberando R$ 4 milhões. Uma das unidades será construída no bairro Morada do Ouro e, a outra ainda não tem local definido.

Outros R$ 5 milhões serão investidos na construção do Centro de Nefrologia, que irá funcionar junto com o HUJM. “O serviço vai dar suporte aos pacientes que fazem diálise”, observa Moro. Em junho próximo, a SES deve inaugurar a nova sede do Cridac, que irá funcionar no prédio do antigo hospital São Thomé, no Consil. Entre a aquisição e adequação do prédio estão sendo investidos R$ 3 milhões.