O atendimento de 69% dos casos de dengue apresenta falhas. A informação é de um levantamento inédito do Ministério da Saúde feito com os registros de pacientes que morreram em conseqüência da enfermidade este ano.
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A iniciativa também indica que metade das mortes ocorreu em cidades com baixa cobertura no Programa Saúde da Família. A avaliação foi realizada com seis estados, que juntos, representam 70% do total de casos de morte no Brasil: São Paulo, Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.
A análise foi feita em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúdes, o estudo analisou prontuários, entrevistas com profissionais de saúde e familiares dos pacientes mortos. Foram 66 casos de morte analisados até o momento, número que permite a criação de alguns indicadores, a principal constatação é que os doentes não são atendidos conforme as orientações estabelecidas pelo Ministério.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que as mortes são evitáveis , o máximo permitido é de até 1% dos casos graves, número bem abaixo do que é registrado no País. O levantamento tem o objetivo de descobrir os motivos de taxas tão elevadas, a análise final está prevista para ser divulgada até o fim do mês. O máximo tolerado é bem menos que o registrado no País. Até julho, a taxa de mortalidade foi de 3,9%. A pesquisa do ministério, cujos números finais devem ser divulgados até o fim do mês, quer descobrir os motivos de taxas tão elevadas.
A necessidade de resolver a questão é reafirmada pelos números da doença no País. A epidemia deste ano já é a maior registrada no Brasil. Até o início de julho foram contabilizados 788.809 casos suspeitos. Atualmente 19 estados , que abrigam 80% da população, possuem grau muito alto ou alto de ter epidemia no próximo verão.
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