“A saúde será uma das primeiras medidas a serem tomadas no meu governo. É algo que não pode esperar nenhum momento e milhões de brasileiros continuam levando meses ou ano para marcar uma consulta ou exame”, declara a candidata à Presidência da República Marina Silva (PV) durante primeiro debate com os seus concorrentes José Serra (PSDB), Dima Rousseff (PT) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), promovido pelo Grupo Bandeirantes.
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Marina foi a única entre os participantes a dizer que a saúde será prioridade em seu governo quando perguntados: “entre estes três itens, segurança educação e saúde, escolha um que atacará imediatamente logo depois da posse e responda quais serão as primeiras providências concretas de seu governo nesse sentido”.
Ao longo de seus dois minutos de resposta, a candidata do PV ressalta que, como indigente, conhece o “péssimo” atendimento de saúde e a desatenção com o setor público. Segundo Marina, os municípios estão bancando sozinhos a questão da saúde, enquanto os Estados e ao União deixam de repassar ao setor o que lhe é devido. “Vou mobilizar todos para que possamos regulamentar a Emenda Constitucional 29, que tem levado à morte milhões de brasileiros”.
Enquanto isso, os demais candidatos defenderam que os três itens (segurança, educação e saúde) serão prioridades simultâneas de seu governo. No caso, José Serra afirmou que a saúde e a segurança têm a ver com a vida, e a educação com o futuro, sendo indispensáveis pelo organismo econômico-social brasileiro.
Na saúde, o tucano afirmou que pretende inaugurar 150 centros de especialidades para agilizar o atendimento às diferentes doenças. “Vamos acelerar novamente a saúde no Brasil, inclusive encurtando o tempo de espera das consultas e exames”, promete.
Dilma, que também apontou os três setores como prioritários, disse que a questão da saúde é fundamental e por isso pretende completar o SUS com novas 500 UPAS 24 horas e com a expansão do SAMU, entre outros programas. “Ao mesmo tempo vou ampliar o tratamento dentário pelo SUS. Outra questão importante é o tratamento da mulher e da criança desde antes do nascimento até um ano de vida, daí estamos falando de uma rede cegonha que integraria o atendimento da criança ao da mãe”, propõe.
Já Plínio Sampaio disse que irá atacar e defender posturas radicais. Sem apresentar propostas para o setor de saúde, o candidato afirma: “nos três casos há um problema de desigualdade social e temos que enfrentar isso com coragem e firmeza, há um muro que separa o povo brasileiro das suas perspectivas”.
O terceiro bloco do debate foi marcado por embates entre petista e tucano. Serra perguntou por que o PT reduziu o número de mutirões da saúde. De acordo com ele, em 2002, antes de o governo atual começar, os mutirões eram um sucesso estrondoso. Dilma disse não ser contra medidas desse tipo.
Serra voltou a acusar o PT de parar com os mutirões, o que seria “uma crueldade”, já que atingiam tantos cidadãos. Dilma preferiu focar na criação de empregos, na qual, segundo ela, passou-se de 5 milhões no governo Fernando Henrique Cardoso para 14 milhões no de Lula.
*Com informações declaradas pelos candidatos à Presidência da República e do Grupo Bandeirantes
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