Dez unidades hospitalares ligadas à Federação dos Hospitais e Casas Beneficentes de São Paulo (Fehosp), patrocinado pelo Governo de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, avançam o projeto-piloto de informatização. Com investimento de R$ 2 milhões e início no ano passado, quatro hospitais integrantes da ação entraram, neste mês, em mais um estágio de implantação: a realização da segunda etapa de “Treinamentos de tabelas e operacional”.  

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“Este é um projeto muito ambicioso que, inicialmente, engloba todas as áreas de nove hospitais. Na segunda quinzena de março, quatro instituições entraram em treinamento e devem passar à produção no mês de junho, enquanto as demais devem estrear este estágio no segundo semestre do ano, com produção prevista para setembro”, explica a representante da Fehosp no comitê que coordena o programa, Ivânia Silva.

De acordo com o a coordenadora, o treinamento de gestão é disponibilizado aos funcionários de cada setor das instituições participantes. “Após o treinamento eles voltam a seus hospitais e replicam pra os demais usuários. Esse método é necessário porque existe uma mudança cultural e eles precisam se familiarizar com a informatização de suas áreas”.

O objetivo é de que a informatização possibilite um controle eficiente dos recursos, custos e resultados das instituições. Além disso, Ivânia ressalta que o mérito do sistema de gestão é integrar todos os departamentos para que os gestores tenham elementos necessários para tomada de decisões e, consequentemente, uma melhoria no serviço prestado pelo hospital.

“Até outubro, nós pretendemos extrair os dados dos quatro primeiros hospitais, através de indicadores, e apresentá-los à Secretaria de Saúde para conquistar o aval e dar continuidade ao projeto, replicando-o aos demais hospitais de São Paulo”.

Para este próximo projeto, a coordenadora da Fehosp relata que haverá necessidade de rever os custos. “Provavelmente precisaremos dimensionar os investimentos, pois as plataformas utilizadas requerem maiores recursos, tanto de banco de dados quanto de profissionais”.

Para que o projeto possa ser concluído e estendido aos demais hospitais, a MV Sistemas, empresa responsável pela implantação do projeto, irá disponibilizar R$ 2,4 milhões em recursos por meio da doação de 800 licenças de uso de softwares. Em cada unidade participante do programa será implantado o MV2000i, o MV Portal e o MV Custos.

De acordo com o presidente da MV, Paulo Magnus, o projeto-piloto é um passo para informatizar uma boa parte dos hospitais de São Paulo. “Essa parceria é um mostruário da importância desse projeto, que é a otimização de estoques gerenciada, maior número de atendimento com recursos melhores, além de aumentar em 50% o quantitativo de exames”, salienta.

Magnus compara o trabalho realizado no Estado de São Paulo com o que está em desenvolvimento no Espírito Santo. “A meta de ambos os estados é a mesma, só que com diferentes dimensões. A MV também iniciou trabalho de automatização em duas cidades do Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. Os hospitais estão percebendo os valores do processo de integrar as informações de todos os setores em um único registro”, conclui.

Inicialmente, o projeto vai beneficiar nove hospitais, que foram escolhidos pela Secretaria de Saúde de São Paulo de acordo com as necessidades da rede estadual. São eles: Hospital Santo Amaro – Guarujá, o Hospital São João – Registro, as santas casas de Mococa, Votorantim, Lorena, Itapeva e Ourinhos, além das santas casas de Guararema e Caçapava.