Até o final do ano, o Hospital Psiquiátrico do Juqueri, localizado na cidade de Franco da Rocha, em São Paulo, será desativado e cerca de 300 pacientes serão transferidos para outros estabelecimentos. A instituição é uma das de maior porte na especialidade no Brasil, dispõe de mais de 600 leitos. A medida faz parte da política do governo brasileiro de desativar progressivamente todo macro-hospital e encaminhar os pacientes com condições de volta ao convívio familiar ou para residências terapêuticas -um lar que abriga até oito pessoas que passam a ser supervisionadas por uma equipe médica. O método proposto pelo ministério e pela Organização Mundial de Saúde é o de reintegração social dos pacientes de longa permanência. O tempo médio de internação no Juqueri é de 22 anos.
Segundo Pedro Gabriel Delgado, responsável pela área de Saúde Mental no Ministério da Saúde, não estão sendo construídas residências terapêuticas na região de Franco da Rocha, como é recomendado pelo governo federal, mas a Secretaria de Saúde garante que 200 pacientes não serão transferidos. Eles serão alojados em uma das sete residências que devem ser construídas até o fim de 2006 com recursos do governo do estado. Atualmente, existem quatro residências terapêuticas ativadas no mesmo terreno do hospital.
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