O grupo Hypermarcas está cercando a Teuto de todos os lados. O laboratório farmacêutico nacional, com sede em Anápolis (GO), é estratégico para as ambições da companhia, que quer avançar em medicamentos genéricos no país. Especulações afirmam que as negociações estão em andamento, mas que a americana Pfizer também tem forte interesse no laboratório goiano.
Marcelo Henriques Leite, presidente da Teuto, confirmou que conversou com a Hypermarcas e Pfizer e outras empresas, mas não negocia a venda do laboratório neste momento. O executivo admitiu que não descarta fazer associação com empresas para expandir seus negócios no futuro. Com faturamento de cerca de R$ 300 milhões, a Teuto está renegociando dívidas, da ordem de R$ 50 milhões.
Procurada, a Pfizer informou que não comenta especulações. Segundo a companhia, ela tem como uma de suas metas a expansão do portfólio de produtos estabelecidos nos mercados emergentes e continua a buscar oportunidades comerciais para expansão do acesso aos medicamentos para a população.
O crescente interesse de companhias estrangeiras em laboratórios nacionais levou o BNDES a abrir diálogo com várias empresas nacionais. Além da Hypermarcas, o BNDES sinalizou negociar participação com a EMS, Cristália, Eurofarma e Aché.
Segundo Ogari Pacheco, presidente da Cristália, a parceria entre BNDES e a companhia restringe-se a financiamento por parte do banco em projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). Eurofarma e Aché não retornaram aos pedidos de entrevista.
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