“A reconfiguração tecnológica e o avanço científico na saúde são fatores cruciais para sair da crise”. A afirmação de Franco Pallamolla, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos Médicos, Hospitalares e Odontológicos (Abimo), precede um pedido por mais investimentos públicos no setor.
“Em 2005, em todo o mundo, o setor de saúde movimentou US$ 3 trilhões e este ritmo não deve diminuir. No Brasil, o crescimento da economia e a consistência das políticas públicas têm fomentado a evolução tecnológica das indústrias nacionais do setor, que hoje suprem 90% das necessidades de um hospital. Porém, ainda estamos muito dependentes de insumos importados, em todas as áreas da economia: o déficit da balança comercial foi de US$ 2 bilhões no ano passado”, conta.
Para Pallamolla, o Estado deve usar seu poder de compra para elevar o patamar da produção nacional, além de fomentar a evolução tecnológica na saúde, de forma a supir este déficit. “Há um descompasso entre a produção científica e o nosso tecido industrial, por isso, precisamos ser fortalecidos no front produtivo. Não queremos o protecionismo, que retardou a inovação no Brasil, mas sim um estímulo nacional que não passe por cima das regras comerciais. Este é o grande desafio do PAC da Saúde”, conclui.
Investimentos em inovação para sair da crise
Para o presidente da Abimo, Franco Pallamolla, protecionismo não deve voltar, mas governo deve estimular indústria nacional
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