Em estudo realizado pela Faculdade de Medicina (FM) da USP constatou que a queima da cana-de-açúcar na região de Araraquara-SP provoca um aumento no número de internações por asma e hipertensão arterial na cidade. De acordo com os pesquisadores, a concentração de material particulado em suspensão durante o período da queima é quase o dobro em relação ao período da não-queima. A queima acontece entre os meses de abril e novembro, provocando a emissão de uma espécie de fuligem, composta por 90% a 95% de partículas finas ou ultrafinas, que não são visíveis a olho nu. No caso da hipertensão, o aumento das internações é de 2,82 internações por dia, contra 1,92 na não-queima. Para os casos de asma são 1,43 e 0,95, respectivamente.
Para cada aumento de 10 microgramas de material particulado, há também um aumento de 5,67% nas internações por hipertensão e 5,05% por asma. Tanto a população urbana como a rural ficam igualmente afetadas pela exposição a uma alta concentração do poluente.
O estudo foi apresentado no Congresso da American Thoracic Society, que aconteceu em maio de 2005 em San Diego, nos Estados Unidos, e recebeu o prêmio de melhor tema livre durante o XI Congresso Paulista de Tisiologia e Pneumologia, realizado no último mês de novembro, em São Paulo.
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